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Mais de 104 mil jovens participaram no Dia da Defesa Nacional em 2019

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Mais de 104 mil jovens participaram no ano passado no Dia da Defesa Nacional, a grande maioria estudantes, de entre mais de 121 mil convocados, refere o Ministério da Defesa Nacional num documento a que a Lusa teve acesso.

Em 2019, compareceram no Dia da Defesa Nacional 104.320 jovens, mas foram convocados 121.509, de acordo com dados do Ministério da Defesa, que serão hoje apresentados.

Entre os 86.684 que responderam a um inquérito distribuído no dia das actividades, 50,7% eram do sexo masculino e 49,3% do sexo feminino. Deste total, a grande maioria (71,4%) eram estudantes, 10,6% eram trabalhadores-estudantes, 11,9% estavam empregados e 6,1% estavam desempregados naquele momento.

O plano das actividades da 16.ª edição do Dia da Defesa Nacional vai ser hoje apresentado na Unidade de Apoio do Comando do Pessoal do Exército, em Vila Nova de Gaia, com a presença do ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e da secretária de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento e Castro.

O Dia da Defesa Nacional realiza-se desde 2004 e é obrigatório para rapazes e raparigas de 18 anos. Desde aí, já participaram nestas actividades mais de um milhão de jovens, informa a tutela.

As conclusões dos inquéritos preenchidos pelos jovens mostram igualmente que 24% dos participantes frequentam o ensino superior, 51,6% tem o 12.º ano ou equivalente, 12,2% tem o 10.º ou 11.º ano e 11,5% tem o 9.º ano de escolaridade ou menos.

No inquérito, 77,6% dos jovens responderam que gostaram ou gostaram muito do Dia da Defesa Nacional, enquanto 8% não gostaram e 14,4% manifestaram uma opinião neutra. Mais de metade (57%) assinalou que gostaria de ficar uma semana numa unidade militar e 71% concorda com a obrigatoriedade de participação no Dia da Defesa Nacional.

Questionados se mudaram de opinião relativamente às Forças Armadas, 73,1% indicou que ficaram com uma melhor ideia e 26% respondeu que a sua opinião não mudou. Apenas 0,8% referiu ter ficado com pior opinião sobre as Forças Armadas.

Num documento que resume os resultados do inquérito, a que a Lusa teve acesso, o Ministério da Defesa indica que este dia “é visto pelos jovens como uma acção importante para transmitir informação sobre a Defesa Nacional e sobre as Forças Armadas” e tem “um grande nível de aceitação junto dos jovens”.

Em 2019, o Dia da Defesa Nacional foi assinalado em 30 localidades, 20 no continente, oito na região Autónoma dos Açores e duas na Região Autónoma da Madeira. No ano que terminou, este dia foi também assinalado em junho com a comunidade portuguesa residente em Paris.

Quanto questionados sobre se concordavam ou não com a obrigatoriedade de participação no Dia da Defesa Nacional, 71% manifestou a sua concordância e 12,3% têm uma opinião neutra.

Na óptica do Ministério da Defesa, estas actividades “têm proporcionado um contacto directo com a vivência e realidade das instituições, levando os jovens a ter uma relação mais próxima e informada com as Forças Armadas”.

“Reflexo disso é a percentagem de presenças ter vindo a aumentar todos os anos”, vinca o gabinete de João Gomes Cravinho, acrescentando que, com base nos inquéritos, “a opinião geral dos jovens que participam é extremamente positiva, sendo que a evolução média da apreciação do Dia da Defesa Nacional tem aumentado favoravelmente ao longo do tempo”.

O Dia da Defesa Nacional visa “sensibilizar os jovens para a importância da defesa nacional e divulgar o papel das Forças Armadas” e decorre nos Centros de Divulgação do Dia da Defesa Nacional, sedeados em unidades militares dos três ramos das Forças Armadas.

A comparência é obrigatória para todos os cidadãos portugueses de 18 anos de idade e quem faltar sem justificação está sujeito ao pagamento de uma coima.

A GNR, a Autoridade Nacional de Protecção Civil, os ministérios da Educação e da Saúde, governos regionais e câmaras municipais estão também envolvidos nas actividades do Dia de Defesa Nacional.

Durante as actividades, os jovens participam em acções de formação sobre as missões essenciais e a forma de organização e recursos dos três Ramos das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea), as principais ameaças e riscos à sociedade portuguesa e as diferentes formas de prestação de serviço militar.

O serviço militar deixou de ser obrigatório em 2004. A partir de 2010, deixou também de ser obrigatório fazer o recenseamento, passando os serviços a manter uma base de dados com essas informações.