Assinado em Lisboa pacto para que plástico deixe de ser resíduo
Mais de 50 entidades, entre produtores, supermercados, ou universidades assinaram um pacto para que até 2050 o plástico deixe de ser um resíduo e seja reaproveitado.
O Pacto Português para os Plásticos coloca o país numa comunidade que junta já outros cinco países e tem como objectivo atingir 100% de plástico reciclável nas embalagens até 2025, ano em que também 70% das embalagens de plástico são efectivamente recicladas, e em que as novas embalagens têm pelo menos 30% de plástico reciclado.
O objectivo, como disse à Lusa Aires Pereira, presidente da Smart Waste, associação do sector dos resíduos que em conjunto com a fundação Ellen MacArthur lançou a iniciativa, é aumentar a circularidade dos plásticos. “Temos uma economia do plástico em que produzimos, utilizamos e deitamos fora, e pretendemos fazer a circularidade disto”.
O ministro do Ambiente e Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, presente na apresentação oficial do Pacto, salientou que os compromissos da iniciativa vão além da lei atual e disse esperar que “comece aqui uma revolução na indústria do plástico”, com menos consumo e com uma utilização mais eficiente.
Entre as entidades que assinaram hoje o Pacto estão 25 empresas, incluindo alguns dos principais retalhistas, marcas de alimentos, bebidas e outros produtos, indústria transformadora e, recicladores, operadores de gestão de resíduos.
“Em conjunto, os membros do Pacto Português para os Plásticos representam grande parte das embalagens em plástico dos produtos vendidos nos supermercados nacionais”, dizem os responsáveis pela iniciativa, lembrando que a estes se juntam ainda mais 30 entidades, tais como universidades, organizações sem fins lucrativos, associações empresariais e três Ministérios: Ambiente e Ação Climática, Economia e da Transição Digital, e Mar.
Em conjunto, até final do ano vão definir uma lista de plásticos de uso único que podem acabar e promover actividades de sensibilização e educação, com uma campanha de sensibilização para os cidadãos já no próximo verão.