UE coloca experiência ao serviço do combate aos incêndios da Amazónia
A União Europeia (UE) disponibilizou hoje a sua experiência no combate aos incêndios, colocando-se ao serviço dos países que compõe a região da Amazónia, numa declaração da chefe da diplomacia, Federica Mogherini.
“A Amazónia é o coração do nosso planeta, um recurso vital para a humanidade, fundamental no combate às alterações climáticas. Protegê-la e combater os incêndios é uma responsabilidade comum. A União Europeia está pronta a fazer a sua parte e colocar a sua experiência ao serviço de nossos parceiros da bacia amazónica”, escreveu Mogherini na rede social Twitter.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais brasileiro (INPE) informou que o número de incêndios no Brasil aumentou 83% este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.
Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
O Presidente francês, Emmanuel Macron, apelou para que os incêndios na Amazónia sejam discutidos na cimeira do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo, que se realiza este fim de semana, em Biarritz, sudoeste de França, por se tratar de uma “crise internacional”.
Participam na cimeira os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Também o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, se mostrou “profundamente preocupado” com os incêndios numa das “mais importantes fontes de oxigénio e biodiversidade”, referindo que a Amazónia “deve ser protegida”.
Ainda segundo o INPE, a desflorestação da Amazónia aumentou 278% em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.