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Trump fala hoje ao país após ataque contra soldados norte-americanos

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O Presidente dos EUA, Donald Trump, dirige-se hoje à nação pelas 11:00 (16:00 em Portugal continental) para comentar os ataques de mísseis balísticos lançados pelo Irão contra bases militares que albergam soldados norte-americanos no Iraque.

Donald Trump disse, horas depois do ataque desta madrugada, que ainda estava a avaliar os danos materiais e humanos do ataque às bases militares de Ain al Asad e Erbil, no Iraque.

Na sua conta pessoal da rede social Twitter, Trump escreveu: “Está tudo bem. Mísseis lançados do Irão para duas bases militares no Iraque. Avaliação de baixas e danos em andamento. Por enquanto, tudo bem. Temos a mais poderosa e mais bem equipada força militar do mundo, de longe”.

O ataque foi a primeira resposta de Teerão à morte, ordenada pelos EUA, do general Qassem Soleimani, na passada sexta-feira, perto do aeroporto de Bagdad, mas as autoridades iranianas prometem continuar a onda de vingança, a não ser que os Estados Unidos não respondam ao ataque desta madrugada.

Na sua comunicação, transmitida pela televisão, Trump poderá esclarecer a estratégia norte-americana para a escalada de tensão no Médio Oriente, perante apelos da comunidade internacional à contenção, com alguns países e organizações, como a União Europeia, a oferecerem-se para mediar negociações.

Internamente, Trump enfrenta ainda pressões do Partido Democrata para dar explicações sobre o ataque que vitimou Soleimani e para clarificar a estratégia para os vários cenários do conflito, nomeadamente perante as ameaças iranianas de retaliação a médio e longo prazo.

O Presidente norte-americano terá ainda ocasião para, se assim o entender, esclarecer se os Estados Unidos vão manter uma presença militar no Iraque ou se vão proceder a uma retirada das forças, depois de o Governo iraniano dizer ter recebido uma carta com esta intenção.

O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, já disse que a carta foi “um erro”, e que era apenas um rascunho que não deveria ter sido enviado, e que as forças armadas norte-americanas continuariam no terreno, com o Pentágono a anunciar a preparação de um efetivo de cerca de cinco mil soldados para reforçar o contingente no Médio Oriente.

Mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados hoje de madrugada contra duas bases iraquianas com tropas norte-americanas, em Ain al-Assad (oeste) e Erbil (norte).

O ataque foi reivindicado pelos Guardas da Revolução iranianos como uma “operação de vingança”, em retaliação pela morte do general Qassem Soleimani, comandante da sua força Al-Quds, na sexta-feira, num ataque aéreo em Bagdad ordenado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

A televisão estatal iraniana referiu que aquela operação militar foi designada “Mártir Soleimani” e que matou “pelo menos 80 militares norte-americanos”, mas os Estados Unidos não confirmaram a existência de baixas.