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Primeiro-ministro húngaro não exclui saída do Fidesz do PPE

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O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse que gostaria de manter o Fidesz no Partido Popular Europeu (PPE) mas não exclui a saída do grupo a que pertence no quadro do Parlamento Europeu.

“Pode ser que o nosso lugar não seja no PPE apesar de eu querer uma reforma para que o grupo dê lugar a forças [políticas] que se opõem à imigração”, disse Orbán à rádio pública húngara, Kossuth.

“Temos várias opções, o Fidesz vai decidir se quer continuar no PPE ou não”, assinalou o primeiro-ministro húngaro acrescentando que os eleitores lhe deram um mandato “para defender a cultura cristã e europeia”.

“As forças que apoiam a imigração atacam a Hungria” disse Orbán referindo-se aos 13 partidos que fazem parte do PPE, incluindo os portugueses PSD e CDS-PP, que pediram um processo de expulsão do Fidesz.

“Esses partidos querem que o PPE seja uma organização pró-imigração” disse Orbán que tem defendido e aplicado políticas contra os migrantes e refugiados na Hungria.

O último conflito entre o Fidesz e o PPE foi provocado por uma “campanha” do governo húngaro que utilizou fundos públicos contra o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que acusa de estar a obrigar os países da União Europeia a acolher imigrantes.

Devido à campanha húngara, o líder do PPE e candidato à presidência da Comissão Europeia, o alemão Manfred Weber exigiu um pedido de desculpas a Orbán e o fim da campanha da Hungria contra Jean-Claude Juncker.

Orbán adiantou que tem mantido conversações sobre a questão com Jean-Claude Juncker e Manfred Weber, mas não forneceu detalhes sobre os contactos que diz ter estabelecido.

No próximo dia 20, o PPE reúne-se em Bruxelas para discutir o assunto e pode decidir na mesma sessão a permanência ou não do Fidesz no grupo.