Polónia vai gastar 43 mil milhões de euros em armamento até 2026
A Polónia vai investir 185 mil milhões de zlotys (43 mil milhões de euros) na modernização das suas Forças Armadas até 2026, em particular na aquisição de aviões de combate, helicópteros e submarinos, anunciou ontem o ministro da Defesa.
“Trata-se de um caminho a seguir, de uma base de partida para o desenvolvimento”, indicou Mariusz Blaszczak em declarações à imprensa.
O novo material será sobretudo posicionado no leste do país, o flanco oriental da NATO, uma medida justificada pela anexação da Crimeia pela Rússia em 2014 e as acusações de violação por Moscovo do tratado sobre as armas nucleares de alcance intermediário (INF).
Entre as aquisições prioritárias o ministro citou 32 novos aviões de combate de 5.ª geração, para substituir os aparelhos MIG29 e Su22 de fabrico soviético “já sem grande valor de combate, inúteis”, submarinos, helicópteros para a marinha e outros aparelhos de combate, e ainda sistemas de defesa terra-ar.
Blaszczak não forneceu detalhes sobre os prazos de aquisição nem sobre a origem do novo material de guerra.
Em meados de fevereiro, Washington e Varsóvia assinaram um contrato sobre 20 lança-foguetes móveis HIMARS norte-americanos, por 414 milhões de dólares (365 milhões de euros), enquanto em março de 2018 a Polónia já tinha adquirido, por 4,75 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) o sistema antimíssil norte-americano Patriot, destinado a reforçar a sua defesa antiaérea.
O Governo conservador polaco tem ainda insistido junto de Washington para a instalação de uma base norte-americana no seu território, onde cerca de 5.000 soldados dos EUA já estão estacionados num esquema de rotatividade no âmbito das operações da NATO.
Varsóvia já referiu que pode disponibilizar pelo menos dois mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) para esta instalação.
De acordo com a imprensa polaca, John Rood, subsecretário da Defesa dos EUA, é aguardado em março em Varsóvia para anunciar o projeto de um “importante” centro de comando norte-americano na Polónia.
Em 2016 Varsóvia renunciou bruscamente a um importante contrato para a compra à Airbus de 50 helicópteros multifunções Caracal, mas recentemente manifestou o interesse num projeto de um veículo de combate franco-alemão.
Com um orçamento para a Defesa equivalente a 2% do seu PIB, a Polónia é um dos bons alunos da NATO em termos de despesas militares.