Polícia usou balas de borracha contra manifestantes no aeroporto e Barcelona
Os Mossos d’Esquadra dispararam balas de borracha, no aeroporto de Barcelona, contra as centenas de manifestantes que ali protestam contra a condenação de dirigentes independentistas da Catalunha.
A ação policial destinou-se a evitar que os manifestantes forçassem a entrada no aeroporto de El Prat, onde centenas de manifestantes pró-independentistas gritam palavras de ordem e procuram obstruir o acesso aos terminais.
Segundo a polícia regional catalã, a ação de contenção permitiu “ganhar espaço de segurança” em zonas críticas do aeroporto, não tendo sido registada nenhuma detenção.
Já ao início da tarde, os Mossos d’Esquadra tinham feito uma investida contra os manifestantes, no acesso à estação de metropolitano do principal aeroporto de Barcelona, e pediram mesmo o auxílio de forças policiais nacionais.
As autoridades de emergência médica deslocadas para o El Prat anunciaram que prestaram auxílio a 13 pessoas, embora nenhuma causasse preocupações sérias.
Os manifestantes protestam contra a decisão do Tribunal Supremo, que condenou hoje os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até 13 anos de prisão.
O ex-vice-presidente da Generalitat, Oriol Junqueras, foi condenado, por unanimidade, a 13 anos de cadeia por delito de sedição e má gestão de fundos públicos.
Foram condenados a 12 anos de cadeia os ex-conselheiros Jordi Turull (ex-conselheiro da Presidência), Raul Romeva (ex-conselheiro do Trabalho) e Dolors Bassa (ex-conselheira para as Relações Exteriores) por delitos de sedição e má gestão.
O antigo titular do cargo de conselheiro do Interior, Joaquim Forn e Josep Rull (Território) foram condenados a 10 anos de cadeia.
Jordi Cuixart, responsável pela instituição Òmnium Cultural, foi condenado a nove anos de prisão por sedição.
Os factos reportam-se a 2017 sendo que os magistrados entendem que os acontecimentos de setembro e outubro do mesmo ano constituíram crime de sedição visto que os condenados mobilizaram os cidadãos num “levantamento público e tumultuoso” para impedir a aplicação direta das leis e obstruir o comprimento das decisões judiciais.
“Os acontecimentos do dia 01 de outubro” (2017)” não foram apenas uma manifestação ou um protesto. Foi um levantamento tumultuoso provocado pelos acusados”, referem os juízes do Supremo espanhol.