EUA e Arábia Saudita analisam guerra no Irão e tensão no Médio Oriente
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, conversaram hoje por telefone sobre o Irão, a tensão no Médio Oriente e a segurança marítima.
Pompeo e Bin Salman concordaram com “a necessidade de uma segurança marítima mais forte para promover a liberdade de navegação” na região do Médio Oriente, de acordo com um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano.
Os dois líderes abordaram “a luta contra a atividade desestabilizadora” do Irão, que já manteve várias disputas marítimas nas últimas semanas no Golfo Pérsico, além de sublinharem a questão dos “direitos humanos” no Irão.
Ambos abordaram a guerra no Iémen, do qual são aliados numa guerra que, segundo as Nações Unidas, já causou a pior crise humanitária do mundo, e mostraram o seu apoio aos esforços políticos do enviado especial da ONU, Martin Griffiths.
A figura do príncipe herdeiro e a aliança entre Washington e Riade tem sido muito questionada nos Estados Unidos desde o assassínio do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em outubro passado no consulado de seu país em Istambul, na Turquia.
Khashoggi foi supostamente morto por agentes sauditas enviados de Riade, alguns alegadamente próximos do príncipe herdeiro, Mohamed bin Salman, o que gerou uma grande comoção internacional.
Na verdade, o Congresso dos Estados Unidos aprovou recentemente resoluções para retirar o apoio militar que Washington fornece à Arábia Saudita na guerra do Iémen e também para bloquear a autoridade da Casa Branca de vender armas para Riade.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, no entanto, usou o seu poder para vetar ambas as iniciativas.
Trump argumentou que a aliança com a Arábia Saudita é estratégica para lidar com a questão do Irão e para os contratos de armamentos.