Alemanha transforma hotéis e grandes salões em hospitais
A Alemanha vai transformar hotéis e grandes salões em hospitais para aumentar a capacidade de acolhimento dos serviços de cuidados intensivos a doentes infetados pelo novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, anunciou hoje o governo alemão.
A entrada em funcionamento destas estruturas provisórias “deverá permitir aos hospitais que se concentrem na ampliação das suas capacidades em cuidados intensivos”, precisou o governo alemão em comunicado, citado pela agência noticiosa France Presse (AFP).
A Alemanha prevê, igualmente, duplicar o número de camas com ventilação assistida nos hospitais a fim de assegurar a assistência médica aos pacientes mais graves infetados pelo vírus.
Atualmente, a Alemanha dispõe de cerca de 25.000 camas com esta valência, mais do que França ou Itália, por exemplo.
Com mais de 80 milhões de habitantes, o país regista até hoje 8.000 casos confirmados de Covid-19 e entre 12 a 16 mortos, de acordo com estimativas citadas pela AFP.
O governo alemão pediu aos hospitais de todo o país que chamem ao serviço médicos ou outros profissionais de saúde na reforma, assim como estudantes finalistas do curso de Medicina.
Apelou ainda a que as unidades hospitalares procurem todo o material em ‘stock’ guardado em caves e que já não é utilizado, como camas e macas, para que possa ser usado em caso de necessidade, conclui o comunicado.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.601 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.350 casos), a Espanha, com 558 mortes (13.716 casos) e a França com 175 mortes (7.730 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.