Votação secreta no SESARAM põe em causa nomeação de Filomena Gonçalves para directora clínica
Já está a ser considerada uma nova bronca. A maioria dos directores de serviço do SESARAM não quer que Filomena Gonçalves assuma a direcção clínica da instituição. É o que resulta de uma votação secreta promovida pela presidente do Conselho de Administração, Rafaela Fernandes, numa reunião convocada e realizada ontem à tarde. Em rigor, a votação não foi sobre a nomeação de Filomena Gonçalves, mas sobre as alterações estatutárias do SESARAM que, entre outras coisas, o iriam permitir. É preciso lembrar que a quase totalidade dos directores de serviço já o eram no anterior Governo e foram nomeados com a anuência dos anteriores dirigentes políticos, pois, dos nomes propostos pelo CDS, apenas a directora de serviço da Medicina Interna foi nomeada, mas tratou-se de uma pessoa que também reuniu o querer do PSD.
Na reunião de ontem, que, de acordo com alguns dos presentes, foi muito tensa e com posições que entenderam como de ameaça, ainda que outros tenham garantido o contrário, foi pedida a opinião dos directores de serviço sobre as alterações estatutárias ao SESARAM para permitir o alargamento do Conselho de Administração de três para cinco membros e asmudanças nas condições para assumir a Direcção Clínica, entre outros.
A opinião foi recolhida por votação secreta. Dos 34 directores de serviço presente, 30 manifestaram-se contra e quatro a favor.
Este é mais um passo que vem confirmar a ruptura do entendimento entre o PSD e o CDS, na área da saúde, como noticiado pelo DIÁRIO no sábado passado.
Na edição impressa de amanhã, dar-lhe-emos os pormenores da situação.