Pedro Calado sensibiliza para eventuais danos causados pelo Brexit
O vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, que participou esta tarde, em Lisboa, numa reunião da Comissão Interministerial dos Assuntos Europeus, onde foi abordada a questão do Brexit, diz que é fundamental “assegurar a manutenção das boas relações comerciais e de vizinhança entre a Inglaterra e a União Europeia, por forma a atenuar o impacto que a saída do Reino Unido poderá ter na economia nacional e, particularmente, na economia da Região”.
No dia em que foi também ratificado, no Parlamento Europeu, o acordo de saída do Reino Unido, que ocorrerá formalmente na próxima sexta-feira, dia 31 de Janeiro, Pedro Calado alerta para a necessidade de “reduzir os impactos negativos que poderão resultar das restrições adicionais à livre circulação de pessoas e bens que possam vir a ser implementadas”.
Tal como afirmou, “é preciso termos em conta os impactos e consequências que estas limitações terão, por exemplo, no mercado de trabalho, mas também no plano turístico, sobretudo se atendermos a que o mercado britânico é aquele que estruturalmente mais contribui para o desempenho deste sector”.
Além disso, Pedro Calado recorda também que, no plano comercial, é preciso termos em conta que o Reino Unido é um importante para as exportações regionais e, particularmente, para o Vinho Madeira, dado que o mercado britânico é o segundo mais importante da União Europeia, excluído o mercado nacional”.
Pedro Calado recorda que estas são preocupações que o Governo Regional tem vindo a manifestar há já algum tempo, alertando as autoridades nacionais e europeias para as consequências que poderão surgir com o Brexit e para a necessidade de eventuais medidas de salvaguarda da Região, tal como é previsto no artigo 349.º do Tratado Fundador da União Europeia.
Outro dos pontos desta reunião foi a Presidência da Portuguesa do Conselho da União Europeia, que ocorrerá no primeiro semestre de 2021. Sobre este tema, Pedro Calado reiterou o repto lançado pelo presidente do Governo Regional, que é a vontade da Região de se associar aos grupos de trabalho da presidência da Conselho, “sendo do maior interesse acolher na Região a realização de um dos vários Conselhos informais a ter lugar ou, em alternativa, a realização de uma das várias reuniões dos Grupos de Trabalho do Conselho que acontecerão”.