Madeira

Madeira já integrou 1.700 alunos vindos da Venezuela

Foto Rui Silva/ASPRESS
Foto Rui Silva/ASPRESS

No ano lectivo 1994/95, as escolas da Madeira tinham cerca de 62 mil alunos inscritos e, no ano lectivo em curso (2018/2019) são menos de 45 mil, uma redução de 17 mil alunos. Uma quebra que vai continuar e é consequência directa da quebra de natalidade que começou na década de 1970 e se acentuou nos últimos anos.

Jorge Carvalho, secretário regional da Educação, faz a primeira intervenção da tarde na conferência ‘Os Madeirenses no Futuro’ e destaca o facto de ser o 1.° Ciclo o mais afectado, o que irá prolongar-se pelos ciclos seguintes. No entanto, também destaca o facto de, nos últimos anos, terem sido integradas no sistema de ensino 1.700 crianças vindas da Venezuela. Um acréscimo que, dado o cenário de falta de alunos, não obrigou a qualquer aumento de escolas ou alteração dos quadros de professores.

Os nascimentos, na Madeira, caíram de mais de 4.000, em 1985 para menos de 2.000, no ano passado. “Em 2027, entrarão para o ensino secundário os alunos nascidos em 2012 e que são menos de 2.000”.

Menos mil alunos que entrarão nos vários ciclos e que representam mais de 50 turmas e um número ainda mais elevado de horários de professores.

Jorge Carvalho apresentou números dos vários concelhos, com quebras acentuadas de natalidade, com a excepção pontual de Santa Cruz.

A redução do número de alunos teve consequências, como o encerramento de escolas, embora o secretário regional da Educação destaque o facto de esses encerramentos também terem implicado “melhor qualidade dos estabelecimentos de ensino”.

A redução do número de professores é um facto, além de haver educadores de infância sem salas, porque não há crianças.