Há 17 anos, “imprudência” do bispo D. Teodoro deixou padres revoltados
Em 2002, os padres madeirenses mostravam estar seriamente agastados com D. Teodoro de Faria, bispo da diocese do Funchal em funções na época. Em causa estava a condenação tardia dos actos pedófilos do padre Frederico Cunha.
O então bispo do Funchal estava a ser posto em xeque por grande parte do clero madeirense. D. Teodoro de Faria confessou, na altura, ao DIÁRIO ter conhecimento dos actos pedófilos do pe. Frederico Cunha, era então acusado de ter cometido “uma imprudência” com efeitos nefastos na Diocese.
Poucos davam a cara, mas o sentimento generalizado é que o bispo não soube gerir com mestria uma questão delicada. E que ao reconhecer que o polémico sacerdote brasileiro cometera uma falta “vergonhosa e gravíssima”, fazendo-o só nove anos após o escândalo que abalou a Igreja, o bispo deu azo a que o assunto, melindroso, voltasse a estar “desnecessariamente” na praça pública.
Os padres, na época, contactados pelo Diário diziam-se revoltados com a “atitude infeliz” do bispo, sobretudo por ser “tardia”. Das duas uma: “Ou era sincero, corajoso e oportuno na altura que deveria ser ou então calava-se para sempre”, referiam.