Madeira

Deputadas socialistas alertam para prevenção da violência doméstica e no namoro

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A deputada do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República, Marta Freitas, participou, esta tarde, num debate subordinado à temática ‘Violência doméstica e no namoro: da sensibilização à acção’, que teve lugar na Escola Básica dos 2.º e 3.º ciclos do Caniçal.

Esta foi uma iniciativa inserida no âmbito do projecto Parlamento dos Jovens”, promovido pela Assembleia da República e dirigido aos jovens dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico.

Na ocasião, a parlamentar socialista agradeceu o interesse e a disponibilidade da escola em debater as questões da violência no seio escolar, bem como o facto de, desta forma, contribuir para uma sociedade com cidadãos mais participativos e críticos nas questões que a todos nós dizem respeito e que a todos devem envolver.

A iniciativa contou também com a participação de Mafalda Gonçalves, deputada do PS-M à Assembleia Legislativa Regional e presidente das Mulheres Socialistas da Madeira.

Considerando preocupantes os indicadores de violência doméstica na Região, as deputadas salientam que esta questão deve ser debatida e falada quer nas escolas, nos centros de dia, nas instituições de saúde, no trabalho, nas autarquias, ou seja, não pode ser um assunto tabu e tem de ser encarada como um facto que está presente na nossa sociedade e que é urgente mitigar.

Lembrando que recentemente se assinalaram os 71 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, as parlamentares socialistas frisam que “numa sociedade livre não podemos ter vítimas, nem agressores”. “É essencial trabalhar na prevenção, na consciencialização do que são actos de violência, na desconstrução do que se assume como violência”, sustentam, lembrando que a violência não é apenas física, mas também psíquica e verbal.

As deputadas classificam de “inquietantes” os resultados de estudos recentes que dão conta de que um em cada quatro jovens já sofreu violência em contexto da relação de namoro (os casos denunciados), assim como consideram “alarmante” ver que em todo o contexto nacional mais de metade dos jovens legitima pelo menos um comportamento de violência (sendo o controlo o mais legitimado).

As oradoras não deixam também de alertar para a questão das redes sociais, dando conta que um quarto destes mesmos jovens não considera a exposição de situações de foro íntimo ou o acesso a contas, ambas sem autorização, como violência.

Deste modo, a deputada Marta Freitas sublinhou a importância do debate desta temática no âmbito do projecto ‘Parlamento dos Jovens’, sendo esta iniciativa um ponto de partida para o envolvimento de toda comunidade, desde políticos, professores, jovens cidadãos e cidadãs, de modo a que sejam mantidas e/ou intensificadas boas práticas nesta questão da prevenção, da identificação e de alerta de situações de violência.