Madeira

D. Nuno Brás rejeita criar comissão para investigar abusos e continua sem saber do padre Anastácio

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De acordo com o Observador, o Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, “descartou esta segunda-feira a criação de uma comissão para acompanhar casos de abuso sexual na diocese madeirense”.

À chegada à assembleia plenária dos bispos portugueses, que decorre em Fátima até quinta-feira, D. Nuno Brás disse àquele jornal que “em princípio” não vai criar nenhuma comissão — ao contrário do que fez o Patriarcado de Lisboa — “porque não existem casos que justifiquem isso” naquela diocese.

Refere ainda que “questionado sobre o caso do padre Anastácio Alves, D. Nuno Brás disse a diocese continua sem saber do seu paradeiro e disse não estar a investigar o caso!. “Aguardo a investigação da Polícia Judiciária. A PJ está a fazer investigações, por isso não vale a pena haver na diocese quem se substitua à PJ”, afirmou D. Nuno Brás.

Recorde-se que o padre Anastácio Alves foi alvo de denúncias de abusos sexuais.

Além disso, o Observador afirma, de igual forma que, no mês passado, a diocese do Funchal afirmou àquele jornal que “o paradeiro do padre Anastácio” continuava “a ser desconhecido” e que “o novo bispo [D. Nuno Brás, que tomou posse como bispo do Funchal em janeiro] pediu que a investigação interna fosse continuada”. Uma informação que acaba por ser contraditada pelas declarações de D. Nuno Brás esta segunda-feira aos jornalistas — quando questionado sobre se existia uma investigação interna, o bispo disse não querer substituir-se à PJ.