Quem não quer ser anjinho....
Há uma frase proferida por Miguel Albuquerque, ao longo da crise política na Madeira, que ficou-me na memória: “Quem quer ser anjinho não venha para a política”
Questionava-me tantas vezes se este devia ser o discurso correto, especialmente de um presidente, pois o seu significado, para mim, é que na política não há regras e vale tudo. Ora os princípios que eu sempre militei é de que a correção, a coerência no discurso, a humildade, acompanhadas de firmeza e de convicções sólidas na social democracia e na liberdade, parecem-me contrastar com esta frase. Aquela que tem sido a minha postura desde que me conheço enquanto indivíduo pensante e civicamente participante na sociedade, com humildade para admitir os erros e com uma fé inabalável no bem comum e no valor do Partido Social Democrata como sendo o único que, com a sua matriz ideológica, serve as sociedades atuais e vindouras, não se baliza por aquela observação. Devido ao meu posicionamento e atuação ao longo dos tempos, com base nestes preceitos, sofri consequências, sofro consequências e sofrerei sempre consequências, para o bem e para o mal, na minha vida, profissional e até pessoal, mas que aceito sem dramas e de forma absolutamente consciente. Nunca abdicarei dos meus princípios.