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Papa Francisco continua estável e passou o dia em repouso

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O Papa Francisco passou o dia de hoje em repouso, sem crises respiratórias e com um estado clínico "estável mas complexo", no seu 22.º dia de internamento no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia bilateral.

O pontífice argentino não sofreu mais crises ou insuficiências respiratórias e passou o dia em repouso no apartamento papal, no décimo andar do hospital romano, informou o Vaticano.

O Papa rezou durante cerca de 20 minutos na capela, acompanhado pelo pessoal médico, e desempenhou também algumas atividades de trabalho, entre as quais a assinatura de alguns documentos.

O chefe da Igreja Católica, cujo prognóstico permanece reservado, continua a receber oxigénio, alternando a ventilação mecânica durante a noite e a oxigenação de alto fluxo durante o dia, com a utilização de cânulas nasais. 

A situação de saúde do pontífice mantém-se atualmente "em suspenso", até que os efeitos da terapia possam ser avaliados pelos médicos.

O Papa Francisco gravou na quinta-feira uma saudação em áudio para agradecer aos fiéis pelas suas orações, enquanto recupera no hospital.

"Agradeço-vos do fundo do coração as orações que estão a fazer pela minha saúde a partir da Praça [de São Pedro], acompanhar-vos-ei a partir daqui", ouviu-se o Papa dizer, com uma voz trémula em espanhol, no curto áudio transmitido às 21:00 locais (20:00 de Lisboa) no início da oração do Rosário da noite na Praça de São Pedro, que tem sido celebrado todas as noites para rezar pela saúde do pontífice.

A Cúria da Santa Sé e os fiéis voltarão a reunir-se hoje na Praça de São Pedro, no Vaticano, para rezar um terço pela sua saúde, que será hoje presidida pelo cardeal sul-coreano Lazzaro You Heung-six, do Dicastério para o Clero.

O Papa Francisco, de 88 anos, foi hospitalizado em 14 de fevereiro, na sequência de uma pneumonia nos dois pulmões.

O internamento - o quarto e mais longo desde o início do seu pontificado, em 2013 - levanta sérias preocupações, uma vez que o Papa já estava enfraquecido por uma série de problemas nos últimos anos, que vão desde operações ao cólon e abdómen até dificuldades em caminhar.

A hospitalização do pontífice, que é líder espiritual de 1,4 mil milhões de católicos e chefe do Estado do Vaticano, reacendeu as dúvidas sobre a sua capacidade para desempenhar as suas funções e as especulações sobre uma possível renúncia.

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