Comprar em segunda mão em prol da consciência ambiental e financeira
A professora Maria João Freitas deixou a escola para se dedicar à loja e atelier ‘Estimei’, um projecto que ajuda em várias frentes
Desempenhou a profissão de professora ao longo de 21 anos, 13 deles acumulando a função de coordenadora do Eco-Escolas, onde alargou os seus conhecimentos quando falamos sobre ambiente, sustentabilidade e poluição.
Um momento trágico na vida pessoal de Maria João Freitas, quando os seus pais viram a sua casa afectada pelos incêndios de 2016, resultou na criação do projecto ‘Estimei’, que alia a causa social ao ajudar através de doações todos os que a si recorrem com pedidos de ajuda, à causa ambiental quando abriu a loja para vender artigos em segunda mão, ou peças reutilizadas, transformadas por si.
Ao DIÁRIO-Ambiente, não escondeu que o maior desafio se prende pela resistência da população madeirense na compra em segunda mão, muitas vezes aliada à ideia errada que se destina apenas a pessoas com fragilidades financeira e, não a uma demonstração de maior consciência ambiental e financeira.
Espero que deixem de lado esse preconceito, essas ideias erradas e preconcebidas e venham conhecer o projecto. Provavelmente vão se surpreender. Acaba por ser uma loja igual às outras, mas com a grande vantagem de que tem marcas muito conhecidas a preços muito mais acessíveis. O preço é baseado nos 30% da peça original e, muitas das roupas que tenho ainda têm a etiqueta original. Entre comprar em uma dessas grandes marcas e aqui, a diferença é enorme para mim, porque ajuda-me a manter a loja aberta e, acima de tudo, ajuda-me a chegar a mais famílias e a mais pessoas, para não falar que estamos a voltar a dar outra vida a estas peças em vez de estar sempre a adquirir novas. Maria João Freitas
A ‘Estimei’ tem na sua loja, mais de três mil livros “muitos deles nem posso classificar de segunda mão, porque estão novos”.
Fique a saber mais sobre o projecto, o que motivou a escolha do nome e que peças exclusivas pode encontrar.