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Regionais 2025 Madeira

"É tempo dos partidos nucleares enfrentarem os partidos populistas"

Chega "está à espera que as instituições democráticas e seus os titulares caiam" para se apresentar como "salvador", acusa Miguel Albuquerque

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Foto Aspress

O presidente do Governo Regional da Madeira apontou baterias ao Chega, autor da moção de censura que desencadeou as eleições antecipadas de domingo, na entrevista desta segunda-feira à SIC Notícias.

"Ao longo de 30 anos de vida pública nunca fui corrompido"

Miguel Albuquerque em entrevista à SIC Notícias

Miguel Albuquerque foi mais longe e acusou "o partido do senhor Ventura" de causar "perturbação e disfuncionalidades na vida pública democrática", com o objectivo de alcançar o poder.

Quem desencadeou esta situação foi este partido, que obviamente gosta de histericamente provocar a terra queimada, que é este partido do senhor Ventura, que está à espera, que as instituições democráticas e os titulares vão caindo, um a seguir ao outro, para depois aparecer um salvador Miguel Albuquerque

Em declarações à jornalista da estação nacional de televisão, o chefe do executivo madeirense, agora reeleito, recapitulou os eventos que levaram à queda do seu último Governo.

Nós fomos eleitos em Maio. Entretanto, veio uma série de denúncias, inclusivamente contra o secretário do Turismo, por uma circunstância qualquer de uma decisão de utilidade pública num empreendimento turístico. O secretário foi ouvido [no Ministério Público], entretanto o Governo foi derrubado e o processo de denúncia anónima foi arquivado (…) como não havia qualquer ilício da parte dele Miguel Albuquerque

Para Albuquerque "são este tipo de circunstâncias, que vão causando perturbação e disfuncionalidades na vida pública democrática".

"Acho que é importante os cidadãos de um país, que quer viver em democracia, saberem distinguir o trigo do joio. Ou seja, aquilo que é a utilização destes processos de forma enviesada para causar perturbação e aquilo que, na verdade, são ilícitos praticados, que nada têm a ver com esta situação", vincou.

É tempo dos partidos nucleares enfrentarem os partidos populistas Miguel Albuquerque

Questionado sobre a ausência de Montenegro na campanha para as Regionais e sobre as Legislativas de Maio próximo, o presidente da Madeira desvalorizou a primeira questão, dizendo que "não era preciso" o líder nacional vir à Região e que tinham falado recentemente.

Sobre as eleições nacionais observou que "não podemos extrapolar a situação da Madeira para o continente", mas evidenciou que as sondagens indicam que "as pessoas estão muito desagradadas com esta situação, desta crise que é provocada no Parlamento e que vai interromper, de facto, um ciclo de crescimento económico e de estabilidade do País".

Numa outra nota considerou que Portugal deveria estar concentrado na política externa e de segurança no contexto da União Europeia, ao invés de estar a discutir "baboseiras".

Nós, neste momento, estamos talvez na situação mais difícil que a Europa enfrenta desde o pós-guerra. Portugal faz parte do quadro europeu e há opções que tem de tomar. E nós, aqui, andamos a brincar aos processos, às casas e às empresas e não discutimos aquilo que é essencial: qual é a posição de Portugal no futuro da Europa e quais as posições que vai ter de tomar na área da defesa e da segurança e quais os recursos que vai ter de alocar a isso? Toda a gente no centro e no Norte da Europa está a discutir o assunto e nós discutimos aqui o caso das gémeas, o caso da casa, do carro e da empresa. Tudo umas baboseiras que não interessa a ninguém Miguel Albuquerque


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