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Adolescente palestiniano morre numa prisão israelita

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Um adolescente palestiniano de 17 anos morreu no domingo na prisão de Megiddo, no norte de Israel, elevando o número de detidos que morreram sob custódia para 63 desde o início da guerra em Gaza em outubro de 2023.

A informação foi dada hoje pela Comissão para os Assuntos de Prisioneiros e Ex-Prisioneiros e o Clube de Prisioneiros Palestinianos.

O jovem foi identificado como Walid Khaled Abdullah Ahmad, natural de Ramallah, que foi detido no final de setembro e que desde então encontrava-se detido sem julgamento.

Embora as circunstâncias da sua morte ainda não tenham sido confirmadas, o Serviço Prisional israelita também confirmou a morte de um recluso de segurança da prisão de Megiddo, de 17 anos, num comunicado divulgado hoje manhã, indicando que a sua condição médica era confidencial.

A Comissão e o Clube dos Prisioneiros esclareceram que entre as 63 mortes registadas numa prisão israelita desde a guerra, há pelo menos 40 palestinianos.

"Este é o período mais sangrento na história do movimento de prisioneiros desde 1967. O número de mártires conhecidos do movimento de prisioneiros desde 1967 sobe para 300, enquanto dezenas de detidos permanecem em desaparecimento forçado", disseram as organizações no comunicado.

Além disso, de acordo com os dados das organizações, o número de prisioneiros cujos corpos continuam confiscados por Israel, naquilo a que as Organizações Não Governamentais (ONG)chamam "castigo coletivo" para as suas famílias, aumentou para 72, incluindo 61 desde o início da guerra.

Já em agosto de 2024, a ONG israelita B'Tselem denunciou num relatório - no qual entrevistou 55 prisioneiros palestinianos libertados, a maioria deles sem acusações - espancamentos, condições insalubres, sodomização, abusos sexuais ou privação de comida e sono nas prisões israelitas; condições que se agravaram desde a guerra.