Saiba o que hoje é notícia
Estados Unidos e Rússia reúnem-se em Riade, na Arábia Saudita, para discutir uma trégua no conflito na Ucrânia, que o Kremlin pretende limitar a ataques contra infraestruturas e alvos energéticos e Kiev deseja que seja total.
As negociações com os representantes russos ocorrem um dia após a delegação norte-americana se ter reunido com os negociadores ucranianos na capital saudita.
No domingo, durante o decorrer das conversações, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referiu que o processo estava a decorrer de forma "muito útil" e construtiva.
Também no domingo, o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, baixou as expectativas, ao afirmar que o cessar-fogo na Ucrânia "é um assunto muito complexo e há muito trabalho a fazer", prevendo negociações difíceis.
Além da proposta de um cessar-fogo de 30 dias, a Rússia e os Estados Unidos sinalizaram que nas discussões com Moscovo deverá estar a reativação do acordo do Mar Negro, que, no início do conflito, em fevereiro 2022, permitiu à Ucrânia exportar os seus cereais, que são vitais para a alimentação mundial.
A delegação ucraniana é liderada pelo ministro da Defesa, Rustem Umerov, enquanto Moscovo enviou o senador Grigory Karasin e o conselheiro do diretor do Serviço Federal de Segurança (FSB), Sergei Beseda. A liderar a delegação de Washington está o enviado especial Keith Kellogg.
Hoje, também é notícia:
CULTURA
A associação de profissionais das artes Plateia promove, ao final da tarde, um fórum para "Pensar o Teatro Nacional São João", no Porto, às portas da instituição, na Praça da Batalha.
A convocatória para o encontro lança uma série de questões: "Para que serve um teatro nacional? O que queremos de um teatro nacional? Para que serve uma direção artística? E uma administração? Que responsabilidades têm?"
O fórum de discussão acontece dias antes de serem abertas as candidaturas para a direção artística do teatro nacional, num novo concurso depois da desistência do candidato escolhido no anterior, Tiago Guedes, por motivos profissionais para 2025, incompatíveis com o exercício da função, que deve acontecer em regime de exclusividade.
INTERNACIONAL
A Alta Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, visita Israel e a Palestina, com uma agenda marcada por encontros com altos representantes israelitas e palestinianos.
Em Israel, a chefe da diplomacia europeia vai encontrar-se com o Presidente israelita, Isaac Herzog, com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, e com o líder da oposição israelita e ex-primeiro-ministro, Yair Lapid.
Na Palestina, vai reunir-se com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, com o primeiro-ministro Mohamed Mustafa e com os chefes das duas missões civis da UE na região: a Missão Policial da União Europeia para os Territórios Palestinianos (EUPOL COPS) e a Missão de Assistência Fronteiriça da União Europeia na Passagem de Rafah.
"A missão proporcionará uma oportunidade para discutir o conflito em Gaza, reiterar a importância do acesso irrestrito e da distribuição sustentada de assistência humanitária em larga escala em Gaza e em toda a região, e exigir o regresso imediato à implementação total do acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns", referiu o gabinete de Kallas.
A visita ocorre num momento em que Israel quebrou o cessar-fogo com o grupo islamita palestiniano Hamas e voltou a atacar a Faixa de Gaza.
SOCIEDADE
Estudantes de todo o país vão manifestar-se em Lisboa para assinalar o Dia Nacional do Estudante, insistir na luta contra as propinas no ensino superior e na defesa de melhores condições, mais apoios e residências.
A concentração em Lisboa está marcada para as 14:30 no Rossio, de onde os estudantes seguem até à Assembleia da República.
No protesto vão participar representantes das associações de estudantes de mais de uma dezena de instituições de ensino superior de todo o país, desde Porto e Lisboa, a Trás-os-Montes e Algarve.
"Não recuamos, gratuitidade já!", é o apelo lançado por oito associações estudantis, que defendem o fim das propinas, mais e melhores residências públicas, bolsas para todos os que delas necessitem e uma gestão "verdadeiramente democrática" das instituições.
No texto, as associações criticam o possível descongelamento do valor das propinas, admitido pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação, e consideram que o aparente caminho do Governo, agora em gestão, para o ensino superior vai contra os interesses dos estudantes.