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Regionais 2025 Madeira

“Nós não vamos deixar o PSD fazer o que fez até hoje”

Élvio Sousa no discurso que consagrou o JPP como principal partido da oposição na Região

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“Nós não vamos deixar o PSD fazer o que fez até hoje”. O aviso é de Élvio Sousa, cabeça de lista e líder do JPP, que hoje conquistou o lugar de principal força política na oposição regional, ao obter 11 mandatos, mais dois que nas últimas eleições em Maio do ano passado.

Élvio Sousa promete intensificar a vigilância ao PSD doravante, sendo certo que não afasta a possibilidade do JPP ainda vir a ser governo.

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Élvio Sousa diz que o bom resultado eleitoral deve-se à campanha feita pela positiva, “com propostas”, destacando a vitória obtida no Concelho de Santa Cruz e o segundo lugar em seis municípios da Região.

“É um ponto de partida para a afirmação do JPP”, declarou, perante o entusiamo de dezenas de militantes e simpatizantes. Recorda o que disse o Papa Francisco. “Deus não põe a esperança nos grandes, nos poderosos, mas nos pequenos”.

Argumentos para reafirmar que “o JPP é um projecto de futuro”, e pese embora não tenha alcançado a meta dos 33 mil votos, “não ficamos longe”, constatou. O crescimento no Parlamento Regional, onde passa de 9 para 11 deputados e relega o PS para terceira força política, reforça a esperança dos ‘verdes de Santa Cruz’.

Resultado que veio demonstrar que não existe só PSD, não existe só PS”, enfatizou.

Para Élvio Sousa o histórico resultado alcançado pelo JPP nestas Regionais é o anunciar de um mundo novo.

Fez saber que hoje não era dia para falar de eventuais entendimentos, anunciando para esta segunda-feira reunião da Comissão Política para analisar, a frio, os resultados eleitorais.

Deixou claro que “o JPP não é um partido de protesto, o JPP é um partido de governo, de futuro”, garante. Aponta o exemplo da governação na Câmara Municipal de Santa Cruz.

Revelou ter enviado mensagens a todos os líderes e conclui que o mérito destas Regionais “é do PSD e do JPP”, os únicos partidos que cresceram.

No que ao seu partido diz respeito, considera que “beneficiou do seu trabalho” e por isso conquistou os 11 mandatos “por mérito próprio… e desmérito dos outros”, atirou.

Aproveitou para deixar recado ao Representante da República. “Não ponha o pé no acelerador”, por considerar que só lá para quinta-feira ou sexta-feira estarão reunidas as condições para Ireneu Barreto promover audiências com os partidos.

Élvio Sousa não deixou de também criticar os estudos de opinião, ao concluir que “as sondagens são outras derrotadas da noite”. Desafiou mesmo “quem as encomendou” a fazer acto de contrição. Apesar de admitir que as sondagens “são contributo fundamental para a democracia”, justifica a razão do reparo na interpretação das mesmas. “Interpretam as sondagens como resultados efectivos, que não são”, apontou.

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Élvio Sousa admitiu linhas vermelhas apenas e só em relação ao PSD, garantiu não ter pressa de ao longe, e questionado sobre o impacto que este resultado eleitoral poderá ter nas eleições Legislativas Nacionais, já daqui a apenas dois meses, considerou haver essa “forte probabilidade da eleição” nacional.

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