Percursos Pedestres Pagos
A minha profissão é sazonal, sou guia na montanha. Março é mês de voltar a calçar as botas e ir para a serra, desta vez com muita chuva. Vejo com muito bons olhos a taxa de utilização nos percursos recomendados. É sinal que estamos a melhorar na consciência que devemos ter com a Natureza e com o Ecossistema. Costumo dizer aos meus filhos que assim estamos a “ajudar os Senhores”, sendo “os senhores” a nossa espécie, o Homo sapiens.
Mas, a taxa, não pode ser apenas decreto dos burocratas que decidem. Tem que ter um propósito, e neste caso, o maior será, a utilização desse dinheiro no terreno, nos percursos recomendados. Há muita coisa para ser arranjada nos percursos. A Secretaria e o IFCN, com esta nova fonte de financiamento, não podem ser reativos, e têm de proativamente estar no terreno. A vigiar, a fiscalizar e a consertar o que está estragado. Não há desculpas. O escrutínio sobre onde está a ser aplicado o dinheiro cobrado é uma obrigação do Estado!
Pedro Trindade