PPM convicto da entrada no parlamento madeirense
A candidatura do Partido Popular Monárquico (PPM) às eleições regionais de domingo na Madeira considerou hoje ter feito "uma campanha eleitoral construtiva" e mostrou-se convicta da conquista de representação no parlamento madeirense, à semelhança do que aconteceu nos Açores.
"O PPM fez uma campanha construtiva, tendo sido o único partido que não recorreu ao insulto em relação aos seus adversários políticos", sublinha o partido em comunicado, fazendo o balanço às duas semanas de campanha eleitoral para as eleições antecipadas.
Referindo que "o PPM fechou a sua campanha eleitoral na Madeira em contacto com a população no Mercado dos Lavradores", no Funchal, a candidatura considera que, "mais uma vez, o partido sentiu um apoio entusiástico por parte da população da Madeira".
"O PPM está absolutamente convicto na eleição de deputados para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, à semelhança do que acontece há 17 anos nos Açores", lê-se no comunicado.
Esta candidatura encabeçada por Paulo Brito adianta que, em vez de recorrer ao insulto, optou por apresentar "soluções concretas para os diversos problemas que a Região enfrenta".
No documento enuncia que "prometeu estabilidade política", comprometendo-se a "estabilizar o sistema político madeirense, evitando novas eleições, que são a realidade de seis em seis meses, atualmente".
Também assumiu o compromisso de "terminar com a imunidade dos membros do Governo da Madeira do ponto de vista judicial", lembrando que os responsáveis governamentais da República e dos Açores não beneficiam desta medida.
O PPM defende, também, "uma redução fiscal de 30% no IVA, no IRS e no IRC, à semelhança do que já sucede nos Açores", vincando ser "crucial diminuir a carga fiscal que está a esmagar o povo da Madeira".
Outra das medidas preconizadas é a redistribuição da riqueza na Madeira "através de políticas sociais, políticas na área da habitação, na saúde e na educação".
As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem no dia 23, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) -- e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).