Iniciativa Liberal vê com reservas resultado da sondagem
Além de acreditar que terá mais votos, mostra-se preocupada com papel do Chega
“Uma das sondagens está errada”, começa por esclarecer Gonçalo Maia Camelo na reação esta manhã à sondagem de hoje publicada pelo DIÁRIO, que ao contrário da publicada ontem pelo JM retira à Iniciativa Liberal (IL) a representação no parlamento madeirense. O cabeça-de-lista diz que é uma sondagem que vê com “bastantes reservas”, pois acredita que a votação no partido no próximo domingo será “bem maior e bem mais expressiva” do que os 1,3% dos votos dados pela auscultação realizada pela Aximage para o DIÁRIO e TSF.
Gonçalo Maia Camelo apela ao voto e particularmente ao voto na IL, um voto “responsável e moderado”, ao mesmo tempo que alerta para a situação “preocupante” e “geradora de mais instabilidade” que esta sondagem do DIÁRIO revela, que é um governo de PSD suportado pelo Chega. “Não é essa a solução de estabilidade que a Madeira necessita e não me parece que seja essa também a solução de estabilidade que os madeirenses pretendem”, afirmou.
O líder do Grupo de Coordenação Local da IL Madeira e cabeça-de-lista mantém a recusa a Miguel Albuquerque. Mesmo que consiga a maioria absoluta, sublinha, não garante a estabilidade que os liberais argumentam ser essencial para a Região. Além de um governo sem o líder dos social-democratas e número um na lista do PSD, defendem também sem o apoio do Chega. “Com o Chega já sabemos que a mudança de opiniões é diária”.
Neste último dia e meio de campanha Gonçalo Maia Camelo vai manter a mensagem de que a IL é um “partido responsável”, lembra que na votação da Moção de Confiança na Assembleia da República foi o “adulto na sala”. Reforça uma vez mais a necessidade de estabilidade, recordando que a solução tem de ser diferente da apresentada no passado. Isto, acredita, passa por “uma solução diferente. Implica um governo diferente que não esteja sujeito aos factores de instabilidade que os últimos têm estado”.
A vinda de João Cotrim Figueiredo amanhã não se deve aos resultados das sondagens, esclarece. Já estava pensada desde o início a vinda do eurodeputado e ex-líder do partido à Madeira para apoiar a campanha, assegurou.
Se no encerramento a IL Madeira contará uma figura maior do partido, este ano a noite eleitoral não terá a presença do líder nacional, Rui Rocha, que esteve na Madeira no passado sábado e domingo. “A situação lá também está complicada”, justifica Gonçalo Maia Camelo. O partido reúne-se no Castanheiro Boutique Hotel a noite eleitoral.