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Albuquerque confia que eleitores vão dar "maioria sólida e estável"

Líder do PSD acusa oposição de "narcisismo absoluto" e de querer chegar ao poder de qualquer forma

Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress
Foto Arquivo/Helder Santos/Aspress

O líder e cabeça-de-lista do PSD às eleições do próximo domingo, 23 de Março, acredita que os eleitores vão dar a "maioria sólida e estável" que tem pedido durante a campanha. Miguel Albuquerque reagia à sondagem DIÁRIO/Aximage publicada esta quinta-feira, embora reconhecendo que nunca acreditou nestes estudos de opinião, diz acreditar que as pessoas já sabem em quem votam, mas importa é que vão votar.

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"Fico bastante satisfeito com este indicador, se bem que, como eu costumo dizer, isto é uma redundância, no dia das eleições é que precisam ser" confirmadas, frisando por isso que "as sondagens antes de eleições" são o que são. "Seja como for, acho que é uma sondagem favorável ao PSD e uma sondagem muito desfavorável aos partidos da oposição que derrubaram o governo e penso que todos, depois das eleições, se se mantiver esta tendência, devem tirar as consequências".

Albuquerque acredita que, desta vez, "não é só exigir responsabilidades aos outros, designadamente à minha pessoa, é preciso também exigir às oposições para que tirem as consequências".

Confiante que têm feito "uma campanha humilde, com humildade, de contato pessoal, acho que no fundo já há uma consciência muito forte dos cidadãos relativamente àquilo que vai ser o seu voto, as pessoas já decidiram em quem vão votar, mas, seja como for, nós vamos continuar no nosso trabalho, de contato pessoal, na rua, junto aos estabelecimentos, contactando a população, acho que neste momento é isso que temos que fazer, até ao fim", delineou.

Lamentando que as condições meteorológicas não tenham ajudado a campanha eleitoral, Albuquerque garante que "mesmo com estas condições adversas, nós continuamos na rua em contacto com a população".

Questionado se acha que terá mesmo de dialogar com a direita? "O que nós temos apelado aos eleitores é no sentido de nos dar uma maioria para garantir a estabilidade para 4 anos. Um quadro de entendimentos pós-eleitoral é possível, mas é sempre muito mais frágil, como toda a gente entende, do que termos uma maioria sólida para podermos governar durante 4 anos e ao fim de 4 anos termos um juízo de valor sobre os actos do governo". E acrescentou: "Porque a situação que temos vivido de instabilidade, quer a nível nacional, quer a nível regional, e sobretudo num quadro muito difícil que a Europa está a atravessar, e nós temos que continuar este rumo de crescimento económico, de estabilidade, de rumo para o futuro, que garante-nos à priori que um governo de maioria seria um governo muito mais confortável."

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Lembrando que o que disse desde o início da crise que estas eleições poderiam não resolver o impasse parlamentar, o dirigente social-democrata frisa que "esta ideia de derrubar governos, porque nós temos umas lideranças na oposição que vivem de um narcisismo político absoluto, quer dizer, vamos tentar chegar ao poder de qualquer maneira, vamos derrubar os governos e há uma questão que é muito mais importante do que essa, é que termos o sentido de responsabilidade da 'Respública' e olharmos para aquilo que são os interesses fundamentais da Madeira e mantemos um percurso que tem sido muito positivo", acrescentou.

"É evidente que não há nenhuma governação que seja perfeita, só nos partidos, nos países totalitários, mas esta onda muito perigosa que estamos a viver deste populismo, desta demagogia constante de desgaste das instituições democráticas, leva a esta convulsão permanente", disse Albuquerque. "Há um tipo de uma histeria que é alimentada sobretudo nas redes sociais, em que toda a gente é corrupta, toda a gente comete ilegalidades no sentido de criar um deserto, isto era recorrente nos anos 30, foi assim na Europa do século passado aquando a emergência dos fascismos, e isto é recorrente e a lição está muito bem estudada, é tentar descredibilizar as instituições democráticas, tentar denegrir, descredibilizar os titulares eleitos dos partidos do centro e, depois, criando um deserto, aparecer um salvador, um autoritário, um autocrata para tomar conta do rebanho", conclui.

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