Continente e arquipélago da Madeira afectados por nova depressão na quarta-feira
IPMA emite avisos meteorológicos 'laranja' para vento e agitação marítima
Portugal continental e o arquipélago da Madeira vão voltar a ser afectados na quarta-feira por uma nova depressão que vai trazer chuva por vezes forte e acompanhada por granizo e vento.
De acordo com o meteorologista Pedro Sousa, esta terça-feira está previsto um desagravamento do estado do tempo, ainda com alguns aguaceiros, mas pouco significativos.
"A partir de quarta-feira aproxima-se uma nova depressão deslocando-se desde o Atlântico ao largo de Portugal continental e que trará novo agravamento do estado do tempo e deverá permanecer alguns dias", adiantou.
Na Madeira a situação será idêntica, motivando o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a colocar a colocar todo o arquipélago sob aviso laranja para vento forte, entre as 12 horas de dia 19 de Março e as 03 horas de dia 20. Foi igualmente emitido aviso laranja de agitação marítima forte para a Costa Norte da Madeira e Porto Santo, durante a noite de quarta-feira e a manhã de quinta.
"Na terça-feira, o estado do tempo na Madeira vai ter uma melhoria, mas tal como o continente também vai ser de novo afectada pela outra depressão que vem aí na quarta-feira e que vai trazer vento e chuva intensa", disse Pedro Sousa.
O meteorologista explicou à Lusa que "não é propriamente normal" haver tantas depressões com esta frequência e persistência no mês de Março.
"Não é uma situação que acontece todos os anos, especialmente neste mês de Março ter uma sequência tão prolongada de depressões a causar precipitação e tempo instável durante tanto tempo, mas também não podemos dizer que é anormal, que nunca tenha acontecido. Acontece de alguns em alguns anos e pode ocorrer em alturas diferentes de Outono, de Inverno ou Primavera", disse.
Questionado sobre os motivos da ocorrência e persistência das depressões, Pedro Sousa disse não haver nada muito especifico que explique.
"Tem a ver com o posicionamento das peças do puzzle atmosférico, passo a metáfora. O anticiclone está numa posição um bocadinho fora do habitual e com alguma persistência e por este motivo acaba por abrir caminho a estas depressões atlânticas numa posição mais a sul do que é habitual e como disse está a ter uma persistência um pouco mais longa do que é normal nesta altura do ano", complementou.