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Madeira

Madeirense que é reitor de Colégio Português no Vaticano destaca maturidade dos alunos

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O reitor do Pontifício Colégio Português, o padre António Estêvão Fernandes, natural do Campanário, elogiou a maturidade académica dos alunos que acolhe, um reflexo de uma mudança das dioceses católicas na escolha dos candidatos.

Os sacerdotes que residem no colégio concluem a formação em Roma e António Estêvão Fernandes considera que se tem assistido a uma mudança do perfil destes alunos. "Creio que, antes, eram enviados os sacerdotes para estudarem em Roma logo após a ordenação", o que hoje já não sucede, explicou o reitor, de 40 anos, em entrevista à Lusa.

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Hoje, "temos vários cá, senão quase metade, da mesma faixa etária que eu, ou seja, são sacerdotes que já tiveram uma experiência pastoral, que já foram párocos, já estiveram em serviços diocesanos" e chegam a Roma com "outra maturidade e outra reflexão". Essa maturidade permite-lhes assumir a "missão dos estudos com outra propriedade", afirmou o reitor.

No próximo ano, o colégio celebra 125 anos de existência e o reitor sente o peso da responsabilidade. O papel de um reitor é, "sobretudo, acolher os sacerdotes que os bispos enviam de todos estes lugares para fazer mestrados e doutoramentos em Roma e proporcionar a estes sacerdotes, quer espiritualmente e humanamente, mas também materialmente, as condições necessárias para que cumpram e bem a missão que os bispos lhes confiaram", explicou.

O edifício do colégio, muito perto da Praça de São Pedro, foi construído há cerca de 50 anos e pertence à Conferência Episcopal Portuguesa.

Contudo, as suas origens remontam a 1901, quando a instituição foi criada em Roma, para dar apoio aos religiosos portugueses que quisessem prosseguir os seus estudos em Roma.

Há oito anos em Roma, o madeirense António Estêvão Fernandes esteve a estudar ciências históricas, tendo assumido a reitoria há um ano, para um mandato de cinco.  Atualmente, o colégio tem 32 estudantes dos "quatro cantos do mundo" a concluir cursos de doutoramento e mestrado, desde 12 portugueses a representantes de países tão diversos como a Coreia do Sul, Angola, Índia (Goa), Brasil ou Chile.

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