Construção em altura é uma das soluções da Iniciativa Liberal para falta de habitação
A aposta na construção em altura, a criação de áreas de expansão urbana e a revisão dos planos directores municipais (PDM) foram algumas das medidas apontadas, hoje, pelo cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal, Gonçalo Maia Camelo, para aumentar a oferta de habitação e reduzir os custos na Madeira. O anúncio foi feito após uma reunião da candidatura com os representantes da Secção Regional da Ordem dos Arquitectos.
Em relação ao problema da falta de habitação, o ‘número 1’ da lista liberal defendeu, também, o aproveitamento de imóveis públicos actualmente subutilizados. A ideia é que estes imóveis sejam cedidos a cooperativas de habitação a custos controlados. "Existem muitos imóveis públicos que podem e devem ser utilizados para oferecer uma solução habitacional acessível aos madeirenses", referiu.
O coordenador da IL Madeira apontou para a dificuldade na implementação do programa ‘Simplex urbanístico’. A este propósito, disse que a evolução do sector tem sido dificultada pela “resistência e falta de capacidade dos municípios”. “Esta situação tem prolongado ainda mais a resolução dos problemas habitacionais”, lê-se na nota de imprensa divulgada pela candidatura. Gonçalo Maia Camelo sublinhou a “necessidade urgente” de modernizar e agilizar o processo urbanístico e a importância de harmonizar as regras urbanísticas e construtivas, impedindo que estas variem de município para município. De resto, reivindicou a implementação efectiva da plataforma única de licenciamento, por forma a facilitar e desburocratizar os processos, promovendo maior eficiência e transparência.
O cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal classificou a reunião com a Secção Regional da Ordem dos Arquitectos como “muito positiva” e destacou a importância de envolver todos os agentes do sector, sejam públicos ou privados, no desenvolvimento de uma política habitacional para a Madeira. Por outro lado, criticou a “ausência de soluções atempadas por parte do Governo Regional sobre esta matéria”, o que, na sua opinião, só tem vindo a agravar o problema.