Orquestra de Ponteado dedica músicas ao historiador norte-americano Jim Tranquada
No final da conferência que o historiador norte-americano Jim Tranquada proferiu na Associação Xarabanda, na sexta-feira, intitulada 'Do machete à origem do ukuleke', a Orquestra de Ponteado dedicou-lhe algumas músicas.
Roberto Moniz, presidente da Associação Musical e Cultural Xarabanda, fez as honras da casa ao apresentar o convidado perante uma plateia repleta de pessoas interessadas em ouvir o orador que visitou a Madeira pela primeira vez.
Jim Tranquada fez a ligação entre a origem deste instrumento com a história da sua família, nomeadamente com o seu tetravô Augusto Dias, natural de Santa Maria Maior, que emigrou para o Havai em 1879, sendo um dos três primeiros construtores do ukulele.
O orador referiu que este instrumento começou a ganhar projecção internacional ao aparecer na Feira Internacional de São Francisco, em 1915, e também nos espectáculos de ‘Vaudeville’ na Broadway desde o início da década de 20 do século XX. E mais recentemente foi popularizado pela cantora Taylor Swift. Tudo isso levou à internacionalização deste instrumento, a tal ponto que actualmente existem 600 festivais de ukulele no Mundo.
O historiador referiu ainda que este instrumento, devido à sua construção simples, é hoje amplamente usado nas escolas norte-americanas para a iniciação musical dos alunos, estimando que neste momento exista mais de um milhão destes instrumentos a serem tocados regularmente no seu país.
Marcaram presença nesta iniciativa a adjunta do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Sara Madruga da Costa, o cônsul honorário da África do Sul, Gonçalo Nuno Santos, professores do Conservatório, dirigentes de vários grupos folclóricos, e ainda vários estrangeiros que se quiseram associar a esta louvável iniciativa.
A última peça musical a ser interpretada por este grupo musical e acompanhada em coro pela assistência foi o 'Bailinho da Madeira', que foi interpretada ao brinquinho pelo orador.