Madeira poderá ter Centro de Alto Rendimento de Ténis de Mesa
Desafio do presidente da Federação na inauguração do Pavilhão do Estreito – Marcos Freitas
Fernando Malheiro, presidente da Federação Portuguesa de Ténis de Mesa (FPTM) foi um entre os muitos presentes na inauguração do Pavilhão do Estreito de Câmara de Lobos, ‘baptizado’ com o nome do mesa-tenista madeirense Marcos Freitas, o melhor jogador português da história.
Na inauguração camuflada de visita – comunicação da Presidência do Governo Regional classifica o evento de visita – o dirigente nacional não poupou nos elogios à qualidade do novo pavilhão gimnodesportivo que esta sexta-feira foi alvo de solenidade para assinalar e celebrar o início do seu funcionamento – foi palco de torneio de ténis-de-mesa – ao registar que “num país que tem poucas infra-estruturas de qualidade temos estas estruturas de excelência que estão aqui hoje a inaugurar”.
Enalteceu ainda a memória, referindo-se à atribuição do nome Marcos Freitas à nova obra que custou 6,8 milhões de euros.
E porque é na Madeira que existe o “maior conhecimento” do ténis-de-mesa português, Região que no passado teve também “o melhor centro de treino a nível nacional e até uma referência a nível internacional”, entretanto “ultrapassado”, o presidente da FPTM desafiou o Governo Regional “para em conjunto, nos próximos quatro anos, inaugurarmos um Centro de Alto Rendimento, de Excelência, para a Madeira, para o País e para a Europa”.
A resposta do presidente do Governo em gestão e também candidato nas Regionais de 23 de Março ficou-se pelas entrelinhas. Miguel Albuquerque começou por assinalar que está “inibido de falar muito” e por essa razão “não posso dar uma resposta, mas Vª Ex.ª já sabe qual é a resposta”, afirmou, no que foi entendido como compromisso assumido ao desafio feito.
De resto, o líder madeirense foi parco nas palavras – também porque antes já tinha discursado Sónia Silva, presidente do Grupo Desportivo Estreito -, quase apenas para enaltecer “o mérito e a competitividade” de Marcos Freitas, e concluir que a atribuição do nome do craque do ‘ping pong’ é “homenagem mais do que justa”.
À margem da cerimónia Albuquerque foi questionado pelo DIÁRIO se toda aquela ‘pompa e circunstância’, onde não faltou ‘comes e bebes’, configurava apenas visita ou era antes uma inauguração. “É homenagem ao Marcos [Freitas]. Não posso dizer nada”, foi a resposta.