Digitalização da saúde será o futuro e contribuirá para o bem-estar das pessoas
Presidente do Governo sobre o projecto 'Smart Bear: Inovação Digital para um Envelhecimento Saudável'
“Todo o futuro da Saúde vai ter muito a ver com isto – digitalização -, ou seja, se as pessoas poderem ficar nas suas casas a viverem a sua vida normal e ter um acompanhamento online permanente, isso é óptimo, porque dá mais autonomia, tira sobrecarga aos serviços e, no fundo, é isso que se pretende até no futuro ao hospital”. Palavras do presidente do Governo Regional à margem da sessão pública do projecto 'Smart Bear: Inovação Digital para um Envelhecimento Saudável', a decorrer no Centro de Congressos da Madeira.
O evento de encerramento do 'Smart Bear' acontece hoje depois de ao longo desta semana, ter reunido no Funchal investigadores, decisores políticos, profissionais de saúde, participantes no projecto e representantes da Comissão Europeia.
Miguel Albuquerque destaca a importância de a Madeira ter sido escolhida para mais este projecto-piloto, a exemplo de outros relacionados com a digitalização na saúde.
“Ou seja, no futuro, dada a possibilidade de nós fazermos a monitorização e acompanhamento através da tecnologia digital da saúde dos nossos concidadãos, sobretudo dos mais idosos, abre-se a possibilidade através destas novas tecnologias dessa monitorização ser feita também pêlo próprio utente através de um conjunto de dispositivos digitais e electrónicos que permite que o próprio cidadão faça a gestão tanto preventiva como efectiva, da sua saúde no dia-a-dia”, destaca.
Reforça que “são projectos muito importantes do ponto de vista da qualidade de vida e do bem-estar das pessoas, porque, como é evidente, este é não só um método mais eficaz de gestão de saúde, como também permite retirar uma carga muito pesada dos serviços do Estado. Se você conseguir medir a sua atenção arterial, ter a monitorização sobre os diabetes, sobre o açúcar no sangue, sobre a forma como vai gerir no seu dia-a-dia, essa informação na hora, em tempo real interligada com os serviços permite por um lado, em termos preventivos, uma maior eficácia e, por outro lado, permite que os cidadãos tenham a possibilidade de saber a sua própria evolução e a sua própria gestão no dia-a-dia”, explicou.
O presidente do Governo diz que actualmente são oito os projectos deste âmbito já em execução de um total de dez projectos previstos realizar na Região.
Este projecto 'Smart Bear' envolveu 500 utentes do Serviço Regional do Saúde “que estão, neste momento, a ser acompanhados por estas novas tecnologias e acho que isto é o futuro, isto é uma forma de olhar para o futuro e, no fundo, garantir que esta desmaterialização, esta digitalização, esta tecnologia de ponta está ao serviço do bem-estar das pessoas”, sublinhou.
Miguel Albuquerque não tem dúvidas que “todo o futuro da Saúde vai ter muito a ver com isto, ou seja, se as pessoas poderem ficar nas suas casas a viverem a sua vida normal e ter um acompanhamento online permanente, isso é óptimo, porque dá mais autonomia, tira sobrecarga dos serviços e, no fundo, é isso que se pretende até no futuro ao hospital”, apontou.
Durante o evento que hoje termina foram apresentados os principais resultados do projecto e haverá uma discussão das perspectivas futuras da saúde digital na Europa.
O Projecto SmartBear teve início na RAM em 2021 e já permitiu realizar uma intervenção personalizada a um grupo de mais de 500 utentes do Serviço Regional de Saúde.
O SmartBear é um dos projectos do Madeira Digital Health and Wellbeing, que engloba diversos projectos europeus e envolve vários parceiros, entre os quais o Governo Regional da Madeira, através da Secretaria Regional de Saúde e Protecção Civil, o Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, a Secretaria Regional de Turismo e Cultura, o Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias (UNINOVA) e o Instituto para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (IDEA).
A solução SmartBear está a ser testada em cinco países da União Europeia, França, Grécia, Itália, Portugal e Roménia, sendo a Madeira a região demonstradora de todas as soluções desenvolvidas no projecto e referência europeia para outras regiões semelhantes.
Este projecto conta com um financiamento global na ordem dos 20 milhões euros (valor global do consórcio) por parte da Comissão Europeia e para a Madeira o investimento foi de 1 milhão e 500 mil euros.