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Alterações Climáticas Madeira

Encerramento da Funchal Climate Week reforça compromisso do Funchal com a acção climática

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Terminou, hoje, a Funchal Climate Week, uma semana inteiramente dedicada à reflexão e acção sobre as alterações climáticas. A sessão de encerramento contou com a presença da Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, e restante vereação, que destacou a necessidade de uma resposta coletiva e imediata para enfrentar as transformações climáticas.

“Diariamente sentimos os impactos diretos das alterações climáticas: o aumento das temperaturas médias, a subida do nível do mar e a intensificação de eventos climáticos extremos, como chuvas torrenciais, ondas de calor e secas prolongadas”, afirmou a autarca, sublinhando que “o Funchal, tal como tantas outras cidades do mundo, não está imune a esta transformação.”

Durante o seu discurso, Cristina Pedra alertou para os desafios significativos que 2025 traz para a política climática mundial, referindo o impacto da retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e o enfraquecimento da cooperação internacional, bem como o atraso na submissão de novos planos climáticos por parte das principais potências mundiais. “É necessária vontade política e verdadeira liderança das diversas nações” afirmou.

Apesar do contexto internacional desafiante, Cristina Pedra reafirmou o compromisso da Câmara Municipal do Funchal com a implementação de iniciativas concretas para mitigar os efeitos das alterações climáticas e para a construção de uma cidade mais sustentável e resiliente. “Temos a responsabilidade de mudar os nossos comportamentos, as nossas práticas e os nossos valores. O município do Funchal está já a implementar uma série de iniciativas que visam não só mitigar os efeitos das alterações climáticas, mas também promover um desenvolvimento mais sustentável.”

A autarca destacou ainda a importância de uma resposta local, sublinhando que “as alterações climáticas são um desafio que exige uma resposta global”, contudo, frisou que o Funchal não pode deixar de fazer parte da solução e que “a ação individual é tão importante quanto a coletiva. É urgente agir, mas nunca é tarde para mudar.”

Registe-se que, como referiu a autarca, o município já implementa medidas concretas: remoção contínua de espécies invasoras e reflorestação, num investimento de 1 milhão de euros, preparação dos tanques do Parque Ecológico do Funchal, essenciais para o abastecimento de helicópteros no combate a incêndios, remodelação da frota de viaturas municipais, com a aquisição de 39 veículos para remoção de resíduos e limpeza urbana, num investimento de 5 milhões de euros e o programa de monitorização de fugas de água na rede pública.

A autarca referiu, igualmente, a limpeza contínua da cidade e das sarjetas para prevenção de inundações, a reabilitação de edifícios com medidas de eficiência energética e o trabalho de sensibilização ambiental junto das escolas e da comunidade, sendo a Funchal Climate Week um exemplo desse compromisso.

Cristina Pedra elogiou ainda a política do Governo Regional da Madeira de disponibilizar passes gratuitos para todos os jovens até aos 23 anos e para pessoas com mais de 65 anos. “Trata-se de uma medida essencial que se enquadra perfeitamente na temática desta semana” afirmou.

Madeira ajuda Portugal a cumprir metas, diz Albuquerque

Apesar do actual cenário mundial relativamente a esta questão, o líder do Executivo madeirense, também presente nesta sessão, mostrou-se algo optimista. “A utilização da tecnologia dá um contributo fundamental para a melhoria do espaço ecológico e a Inteligência Artificial vai ter aqui um efeito importantíssimo no sentido de entendermos e mitigarmos os efeitos das alterações climáticas”.

Miguel Albuquerque mostrou-se também satisfeito pelo facto que o Município do Funchal ter decidido retomar “este espaço de reflexão”, certo de que as novas gerações na Madeira “estão educadas para o ambiente”, desde o 1.º Ciclo.

Lembrou, neste particular, que a Madeira é das regiões do Mundo “com maior protecção do mar territorial até às 12 milhas”, a par do facto de 65% da área terrestre do arquipélago ter também “um estatuto de protecção”, sendo este um contributo importante para que Portugal possa atingir a meta europeia dos 30% de protecção do território até 2030”.

A Funchal Climate Week reuniu ao longo da semana especialistas, instituições e a comunidade local em torno de debates, exposições, sessões de cinema, workshops e outras iniciativas, promovendo a consciencialização e ação climática. O evento encerrou com a certeza de que o caminho para um futuro sustentável exige cooperação, compromisso e ação imediata de todos.

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