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Alterações Climáticas Madeira

“Há uma relação muito forte entre a história humana e o clima”

‘Funchal Climate Week’ prossegue esta tarde com foco nas estratégias para a mitigação dos impactos ambientais

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Foto Hélder Santos/Aspress

Filipe Duarte Santos e José Manuel Lima Santos partilham as suas ideias sobre a temática.

A ‘Funchal Climate Week’ prossegue, esta tarde, com a conferência ‘Merecer o Futuro II’, que conta, a exemplo do período da manhã, com moderação de Viriato Soromenho-Marques, acompanhado desta vez por Filipe Duarte Santos e José Manuel Lima Santos.

O painel, conforme nota prévia da Câmara Municipal do Funchal, entidade organizadora do evento, foca nas mudanças verificadas desde 2008, reflectindo sobre a evolução global e local, novos desafios e estratégias para adaptação e mitigação dos impactos ambientais.

A abrir a conferência, o professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e também especialista em Geofísica, Filipe Duarte Santos, falou sobre a forma como as alterações climáticas influenciaram a evolução do ser humano, tendo contribuído para processos de extinção ao longo de milénios.

“Há uma relação muito forte entre a história humana e o clima”, assegurou, observando que actualmente, face a uma maior concentração de CO2 na atmosfera, o aumento da temperatura é visível. E no seu entender, “a principal causa das alterações climáticas encontra-se no sector da energia”, notando aumentos constantes, e até a acelerar, da procura.

Para José Manuel Lima Santos, do Instituto Superior de Agronomia, numa análise sobre a geografia da fome, considerou que esta é uma das causas das grandes calamidades mundiais. Para o especialista, a segurança alimentar está directamente ligada ao desenvolvimento dos países, e a sua existência, a exemplo da desnutrição crónica, exigem respostas. "Quanto mais perto do Equador mais fome", registou, para adiantar ainda que mesmo nos países mais pobres há diferenças significativas. 

A exemplo do que disse durante a manhã, ainda antes deste segundo momento do dia, Viriato Soromenho Marques exortou as regiões e os seus municípios a continuarem o combate às alterações climáticas, não obstante o claro retrocesso a que se assiste, inclusive em governações de grande peso a nível mundial. “Não devemos ceder aos negacionistas”, aqueles que pensam e defendem que está tudo bem, mas também não o devemos fazer aos conformistas. Ou seja, aqueles que consideram que “pouco se pode fazer”.

Mais tarde, pelas 17 horas, dá-se o encerramento da ‘Funchal Climate Week’ com a presença da presidente da Câmara Municipal do Funchal, Cristina Pedra, do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque e do secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa.

A ‘Funchal Climate Week’ colocou em destaque a temática das alterações climáticas, reunindo figuras de referência em Portugal nesta área. Ocasião aproveitada também para a apresentação do Plano de Ação Climática do Funchal, sendo este o primeiro município da Região Autónoma da Madeira a ter um plano desta natureza.

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