Confiança lamenta chumbo a apoio ao CDE Francisco Franco
A Confiança lamenta que tenha sido chumbado, em reunião de Câmara, um apoio financeiro à equipa sub-19 de futsal do Clube Desportivo Escola Francisco Franco na sua participação na Taça Nacional. A coligação diz que este chumbo se torna mais inaceitável tendo em conta que foi confirmado que a Câmara Municipal do Funchal bateu um novo recorde de cobrança de impostos, atingindo 52,38 milhões de euros em receitas fiscais.
A Confiança indica que existe um aumento de 78% na cobrança de impostos, quando comparado com 2020, ano em que a autarquia estava sob a sua gestão. A Confiança considera "vergonhoso" que, num momento em que os funchalenses são sujeitos a uma carga fiscal sem precedentes, o executivo PSD recuse apoiar os jovens atletas que irão representar a cidade a nível nacional. Nesse sentido, acusa a Câmara Municipal de "falta de sensibilidade" para com o desporto e para com a juventude funchalense.
Miguel Silva Gouveia recorda que, em 2023, a maioria PSD aprovou um protocolo no valor de 18,3 mil euros para patrocinar provas de rali em Espanha, no Rali Princesa das Astúrias e no Rali da Catalunha. Na altura, a Confiança votou contra este apoio incompreensível, que atribuía dinheiro público a uma empresa de Valongo para financiar competições fora do país, enquanto várias modalidades no Funchal enfrentavam dificuldades financeiras para manter as portas abertas. "O próprio enquadramento legal desse apoio foi questionável, dado que a actividade não se realizava no território municipal, nem a entidade beneficiária tinha domicílio fiscal no Funchal. O mesmo executivo PSD que não hesitou em apoiar provas de automobilismo no estrangeiro é agora o que nega um valor quatro vezes inferior para ajudar jovens funchalenses a competir a nível nacional", indica.
À manifestação pública da necessidade deste apoio, a Confiança propôs que o Município do Funchal o assegurasse, cumprindo todos os requisitos legais necessários. A Confiança colocou-se do lado das soluções, encontrando forma de garantir a participação destes jovens uma competição nacional. Um direito que conquistaram com o mérito do seu trabalho. Miguel Silva Gouveia
"No seu habitual registo de prepotência e autoritarismo, e com a fúria partidária em chumbar qualquer proposta da Confiança, Cristina Pedra colocou-se novamente do lado do problema. Ao mesmo tempo que nega um apoio de apenas 4.700 euros para que estes jovens possam competir na Taça Nacional, a Câmara Municipal acumula um saldo de gerência de 21,7 milhões de euros e aplica mais 8 milhões de euros em produtos financeiros, em vez de investir diretamente na cidade e nos seus munícipes.”, conclui o autarca.
A coligação termina dizendo que "a negação deste apoio ao CDE Francisco Franco é um reflexo claro da falta de prioridades deste executivo, que prefere acumular dinheiro nos cofres municipais em vez de apoiar quem realmente precisa".