ADN denuncia o uso de pó de larvas na alimentação humana
O partido ADN através da sua candidata n.º4, a médica veterinária Carolina Martins, alertou hoje para a introdução do pó de larvas nos alimentos, aprovada pela Comissão Europeia, na segunda-feira, dia 17 de Fevereiro e confirmada por Portugal a sua utilização na farinha.
"Há várias questões que precisam de respostas claras e fundamentadas para garantir que todos os consumidores estejam plenamente informados sobre os riscos e implicações desse novo ingrediente, mesmo aqueles que não se importam com a sua presença nos produtos que compram", sublinha Carolina Martins em comunicado remetido às redacções.
O ADN exige, por isso, o esclarecimento de "como será garantida a identificação clara da presença de pó de larvas nos alimentos", defendendo que "o consumidor tem o direito de saber exactamente o que está a consumir".
Por outro lado, a candidata nota que "o pó de larvas é processado através de radiação UV" e questiona se "esse método é seguro para o consumo humano", questionando ainda a alimentação das larvas e lembrando que as mesmas "são capazes de digerir poliestireno".
Existe um controlo rigoroso sobre os alimentos utilizados na criação dessas larvas para evitar potenciais riscos para a saúde? Carolina Martins, ADN
O ADN alerta também para os efeitos nutricionais do consumo dessas proteínas, argumentando que o mesmo "pode levar a uma sobredosagem de vitamina D3".
São necessários estudos aprofundados para avaliar os impactos no organismo humano Carolina Martins, ADN
Carolina Martins evidencia igualmente que "as proteínas larvares são potencialmente alergénicas e podem representar um risco para pessoas com hipersensibilidade a crustáceos e ácaros" e ainda para o risco de contaminação por substâncias nocivas, como "metais pesados, micotoxinas e dioxinas, substâncias que se acumulam no organismo e aumentam o risco de doenças graves, como cancro do fígado e insuficiência renal".
A própria Autoridade de Segurança Alimentar recomenda mais investigação sobre essas questões. Como é possível introduzir esse ingrediente sem evidências conclusivas de segurança? Carolina Martins, ADN
O ADN repudia, assim, a forma como essa introdução alimentar está a ser conduzida, "sem a devida transparência e comprovação científica de segurança", vincando que "a saúde pública não pode ser tratada com leviandade".