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Madeira

ACIF contesta declarações sobre salários no sector da hotelaria na Madeira

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A ACIF - Câmara de Comércio e Indústria da Madeira refutou as recentes declarações do coordenador da Federação de Hotelaria, Luís Trindade, que afirmou que todos os trabalhadores do sector na Região recebem apenas o salário mínimo, independentemente da sua categoria e antiguidade. A entidade considera tais declarações um "generalização infundada", ignorando as negociações entre empregadores e sindicatos.

"Não há qualquer fundamento ou rigor nestas mesmas afirmações, tratando-se apenas de uma generalização infundada, que não tem em consideração o sector nem as negociações entretanto havidas entre os representantes dos empregadores e trabalhadores sindicato", pode ler-se no comunicado.

Com base nos dados da Direcção Regional de Estatística (DRE), no quarto trimestre de 2024, a ACIF relembra que a "remuneração bruta total mensal média por trabalhador aumentou 4,6% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo 1.683 euros. A remuneração regular subiu 5,0%, enquanto a remuneração base registou um crescimento de 5,1%, situando-se em 1.247 e 1.200 euros, respectivamente".

A ACIF destaca que o turismo é um sector de referência na Madeira, com grande impacto no PIB regional, e que valoriza os seus profissionais, garantindo "condições de trabalho justas" e oportunidades de crescimento. "É completamente falso que  as empresas não adoptem, para os seus colaboradores, salários diferenciados para funções, níveis de experiência e de qualificação diferentes. A  proposta da ACIF-CCIM para os aumentos salariais do sector de hotelaria para 2025, privilegiando um aumento proporcional (em percentagem e não fixo), vai precisamente ao encontro desta necessidade de diferenciar, de valorizar as competências e de reconhecer o mérito, tendo sido proposto um valor muito acima da inflação registada na Região em 2024 (aumento de 5,5%)".

Sobre as críticas relacionadas à exploração e à suposta ilegalidade de trabalhadores estrangeiros, a ACIF considera tais acusações "levianas", atentando contra a credibilidade das empresas e das entidades fiscalizadoras regionais. A entidade reforça que a Madeira tem acolhido trabalhadores estrangeiros "de forma digna e regulada", suprindo a falta de mão de obra em sectores como o turismo e a construção civil.

É importante que o sector hoteleiro, sindicatos e demais entidades competentes mantenham um diálogo aberto e transparente, nos canais próprios, para identificar e combater eventuais problemas que possam pontualmente existir, assumindo sempre uma postura responsável e não demagoga. ACIF Madeira

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