Governo não deve intervir para já nas negociações do Sindicato de Hotelaria
Eduardo Jesus diz estar a acompanhar as negociações entre trabalhadores e patrões no sector
O Governo Regional diz estar a acompanhar o evoluir das negociações entre o Sindicato dos Trabalhadores na Hotelaria, Turismo, Alimentação, Serviços e Similares da RAM e os representantes das entidades patronais, no caso, a ACIF, mas entende não haver, para já, necessidade de intervenção nesse processo, como já aconteceu no passado.
Eduardo Jesus, à margem de um visita à empresa Gastromadeira, em que acompanhou Miguel Albuquerque, disse já ter havido alguma evolução nesse âmbito, que permitiu uma actualização definida pelos patrões. A par disso, o secretário regional com a pasta da Economia e do Turismo disse serem "legítimas" as reivindicações dos trabalhadores, mas salientou, também, todas as medidas tomadas pelo Governo Regional que tem permitido a maior rentabilidade que o sector hoje conhece, vertida, depois no rendimento dos trabalhadores.
Eduardo Jesus voltou a usar a evolução da massa salarial na última década como argumento para constatar um aumento dos salários superior à inflação em 12%.
"O Governo nunca foi chamado a intervir", salientou o governante, mas caso tal venha a ser necessário ou solicitado pelas partes é algo que não está colocado à margem, neste momento e que admitindo essa possibilidade em caso de "não evolução das negociações".
Sobre a mão-de-obra estrangeira, Eduardo Jesus reconheceu a mais-valia desses profissionais no sustentar do crescimento do Turismo, recusando irregularidades de forma generalizada. Disse mesmo haver um acompanhamento das autoridades competentes desta tendência e refuta qualquer tipo de suspeita que possa existir sobre mão-de-obra estrangeira".
O secretário regional do Turismo rejeitou, também, qualquer perda da qualidade do destino, comprovando com o índice de satisfação dos visitantes.
Nesse sentido, realça, a aposta dos empresários na formação dessa mão-de-obra. "Não há nenhum aspecto que possa ter trazido menor qualidade ao serviço ", destacou.
Confrontado com a possibilidade de a manifestação agendada para 25 de Fevereiro por parte do Sindicato da Hotelaria poder ser um prenúncio para um greve na altura do Carnaval, que está muito próxima, Eduardo Jesus diz ser esse um direito legítimo, mas não deixou de usar como exemplo a greve de Dezembro último, salientando a baixa adesão à mesma.