CDS defende criação de pequenas reservas agrícolas
O CDS defende a criação de pequenas reservas agrícolas nos diversos concelhos da Madeira, numa articulação do Governo com as Câmaras. O partido indica que tal poderia decorrer através de instrumentos de gestão do território e contemplando apoios europeus existentes, "para salvaguardar as nossas principais culturas que, no caso do vinho, constitui o nosso lendário produto e um dos ex-libris da Madeira".
Por outro lado, o CDS recorda que é preciso que os rendimentos que os agricultores e os proprietários tiram destas culturas sejam compensadores, por forma a preservar os seus terrenos. É aí que entra o compromisso de Governo e Casas para haver um esforço para aumentar os preços pagos à produção.
Esta proposta dos centristas surge tendo em conta o crescimento do imobiliário, que tem provocado uma grande pressão sobre o território, avançando a construção por terrenos agrícolas. "A Madeira tem uma das densidades populacionais mais elevadas da Europa, quatro vezes superior à do continente e dos Açores. Esta realidade sempre levantou problemas e desafios na forma como ocupamos o território nos diversos concelhos da Região, em particular no sul da Madeira", assume o CDS.
"Os melhores terrenos para o cultivo da banana, da cana-de-açúcar e da vinha são também os mais apetecíveis para a construção de novas habitações. Isso já é particularmente visível nas vinhas do Estreito de Câmara de Lobos, onde alguns terrenos agrícolas estão a dar lugar a casas e blocos de apartamentos, salpicando a beleza dos vinhedos daquelas belas encostas", indica.
O CDS lembra que as zonas agrícolas são a Paisagem Humanizada da Madeira, que constitui o nosso principal atrativo turístico. "A criação das reservas agrícolas é uma urgência do desenvolvimento da Região", termina.