Comunidade internacional compromete-se a apoiar a transição na Síria
Cerca de vinte países árabes e ocidentais comprometeram-se ontem, em Paris, a trabalhar para ajudar a reconstruir a Síria e proteger a frágil transição face aos desafios de segurança e à interferência estrangeira.
Os participantes querem "trabalhar em conjunto para garantir o sucesso da transição num processo liderado pela Síria", afirma a declaração, assinada pela Síria, pelos principais países árabes da região, pela Turquia, por países europeus, incluindo França, Alemanha, Reino Unido, Grécia, membros do G7, como Canadá e Japão.
Segundo uma fonte diplomática francesa, os Estados Unidos não assinaram a declaração, uma vez que a administração Trump sobre a questão síria ainda não foi decidida.
A declaração, assinada pouco mais de dois meses após a queda do presidente sírio, Bashar al-Assad, também promete apoiar o governo de transição sírio na luta contra "todas as formas de terrorismo e extremismo".
Sobre este assunto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, já tinha apelado às autoridades de transição sírias para se juntarem à luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico, ainda ativo neste país.
"A luta contra o Daesh (sigla em árabe para Estado Islâmico) é uma prioridade absoluta", declarou Emmanuel Macron, encorajando Damasco a ter uma "parceria estreita" com a coligação internacional Inherent Resolve, que há anos luta contra os jihadistas no Iraque e na Síria.
A declaração final da conferência "testemunha a convicção dos parceiros de que o sucesso da Síria é do interesse de todos", saudou o chefe da diplomacia francesa, Jean-Noël Barrot.
