PS preconiza aposta na alimentação saudável para promoção da saúde
O PS aponta a promoção da saúde como uma das áreas prioritárias de um futuro governo socialista e indica que alimentação saudável deve ser uma aposta com esse fim. No fundo, o que o partido defende é uma abordagem transversal que vai desde a produção até ao consumo, incentivando uma agricultura mais ecológica e a prática desta alimentação comprovadamente mais benéfica nas cantinas públicas e hospitais, mas também junto da população em geral.
O cabeça-de-lista pelo PS, Paulo Cafôfo, diz estar preocupado com o acto de a Madeira estar à frente do restante território nacional no registo de determinadas doenças, tais como alguns tipos de cancro ou a obesidade infantil. Além disso, afirma que a carga excessiva de doença sobre a população madeirense tem impactos na sua qualidade de vida e na esperança de vida (atualmente a menor do País), mas também tem custos na doença, causando pressão sobre o sistema de saúde.
Para Cafôfo, trata-se de um sistema de saúde que "não tem sido capaz de dar resposta aos utentes que desesperam nas listas por consultas, exames ou intervenções cirúrgicas, ou ainda medicamentos”, devido às opções políticas erradas do atual Governo do PSD. Nesse sentido, entende que o melhor para todos e para o próprio sistema passa pela prevenção da doença e pelo investimento na saúde colectiva, apontando a aposta na alimentação saudável como um factor determinante para atingir esse objectivo.
Uma das formas mundialmente aceites como uma das medidas de impacto rápido sobre a saúde das pessoas, ajudando a prevenir doenças como a obesidade, a diabetes, as doenças respiratórias crónicas, as perturbações mentais, o cancro ou ainda as doenças cardiovasculares, responsáveis por 80 % do peso da doença no nosso país, é através da alimentação saudável, que deve urgentemente ser promovida, nomeadamente nas cantinas públicas da Região, com prioridade para as escolas. Paulo Cafôfo
O que o partido pretende é a introdução de critérios ambientais e de saúde no caderno de aquisição dos alimentos e refeições confeccionadas para as escolas, tal como é permitido e recomendado nas compras públicas. Segundo os socialistas, isso é algo que foi recusado pelo Governo Regional, que “tem nivelado a alimentação escolar pelo preço mais baixo, permitindo que as crianças madeirenses continuem a ter uma alimentação baseada em alimentos baratos, importados, processados, com dietas eternamente repetidas e desligadas do território, da origem, da época de produção e da nossa identidade”.
A candidata Sílvia Silva dá conta que, com o PS no Governo da Região, será implementado o regime específico de contratação pública para fornecimento de proximidade de bens agroalimentares, previsto no estatuto de agricultura familiar, de modo a permitir que os pequenos produtores regionais possam vender os seus produtos diretamente à Administração Pública. Uma forma de, como frisa Sílvia Silva, promover uma alimentação de proximidade, com alimentos frescos, de época, mais ecológicos e mais saudáveis nas cantinas públicas, investindo na saúde dos madeirenses desde a primeira idade.