JPP defende reforço dos quadros de enfermagem no SESARAM
Os candidatos do Juntos pelo Povo (JPP), Carlos Silva, Luís Martins e Patrícia Spínola reuniram-se com representantes da secção regional da Ordem dos Enfermeiros, nomeadamente as enfermeiras Teresa Espírito Santo, presidente do Conselho Directivo, e Luísa Pereira, presidente do Conselho Jurisdicional.
Entre os assuntos relativos ao maior grupo profissional da saúde, esteve a preocupação com ausência de estratégias que assegurem a fixação dos enfermeiros na enfermagem hospital ou em locais onde a falta dos mesmo é mais significativa.
De acordo com o partido, esta classe lamenta "o esquecimento da tutela no que concerne à valorização dos enfermeiros especialistas pois, desde 2019, que não abrem concursos para os mesmos".
Estes profissionais encontram-se desmotivados pois apostaram na sua carreira, mas não lhes é reconhecida a categoria profissional. Defendem ainda que os mesmos deveriam ter mais competências atribuídas, como o seguimento da saúde materna, nos partos, no desenvolvimento infantil, na reabilitação física, entre outras especialidades, à semelhança do que já acontece no continente, libertando os médicos para outros atendimentos. É ainda de preocupação geral a questão do reforço dos recursos humanos para a nova Unidade Local de Saúde do Porto Santo e, sobretudo, as condições para acolhimento dos enfermeiros e das suas famílias, já que não há casas disponíveis e, havendo, o arrendamento é exorbitante. JPP
O JPP recorda que o Governal Regional prometeu no ano passado a integração de mais 200 enfermeiros, mas só abriu vagas para 80, sendo que 30 deles entraram de imediato a recibo verde devido à urgência em colmatar carências. "Entendemos que este atraso na acção revela alheamento do PSD relativamente às preocupações crescentes associadas ao envelhecimento da população, à necessidade de apoio domiciliário e à sobrecarga de trabalho dos enfermeiros com excesso de horas extra", refere.
E acrescenta: "Paralelamente, nos próximos 5 anos, 400 enfermeiros irão para a reforma e nada se fez para incentivar à fixação ou receber enfermeiros que queiram regressar à Madeira, sem prejuízo da carreira já desenvolvida no estrangeiro. Esta falta de planeamento, perante um novo Hospital Universitário, com menos camas que o actual, faz adivinhar tempos muito difíceis para a Saúde Regional, em geral, e para a hospitalização domiciliária, em particular", finaliza.