Hamas acusa Israel de matar 92 pessoas durante cessar-fogo
As autoridades sanitárias da Faixa de Gaza, controladas pelo movimento islamita palestiniano Hamas, acusaram hoje o exército israelita de provocar a morte de 92 pessoas desde a entrada em vigor do acordo de cessar-fogo de 19 de janeiro.
O número foi avançado pelo diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Barash, que referiu que, desde o início do cessar-fogo, 118 pessoas foram mortas por engenhos explosivos previamente espalhados na zona e 822 pessoas ficaram feridas na sequência de ataques israelitas.
Nas últimas semanas, as autoridades da Faixa de Gaza recuperaram os corpos de cerca de 650 pessoas, que se juntam aos mais de 48.200 mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada pelo ataque do grupo palestiniano ao sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que matou cerca de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns, na sua maioria civis.
Israel e o Hamas estão no meio de um frágil cessar-fogo de seis semanas, durante o qual se prevê que o grupo palestiniano liberte dezenas de reféns capturados no ataque de 07 de outubro de 2023 em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinianos.
Desde a entrada em vigor do cessar-fogo, no mês passado, as duas partes procederam a cinco trocas, libertando 21 reféns e mais de 730 prisioneiros.