Saldo da balança comercial com o estrangeiro positivo pelo 8.º ano
Desde 2017 que a Madeira exporta mais do que importa para fora do país e em 2024 o saldo foi de 98 milhões de euros
O saldo da balança comercial da Região Autónoma da Madeira com o estrangeiro "registou um superavit de 98,2 milhões de euros (77,4 milhões de euros em 2023), mantendo-se assim a tendência manifestada desde 2017 de saldos positivos entre exportações e importações de bens com o estrangeiro", informa hoje a Direção Regional de Estatística da Madeira, de acordo com os dados provisórios referentes ao ano de 2024. É o oitavo ano consecutivo, sendo de notar que atravessamos duas crises (a pandemia e a das taxas de juro).
"A taxa de cobertura das importações pelas exportações em 2024 foi de 135,9%, superior à registada no ano precedente, que se fixou em 128,3%", salienta a DREM, sendo que "o total de exportações de empresas com sede na RAM rondou os 372,0 milhões de euros, tendo aumentado 6,1% face a 2023, constituindo novo máximo histórico, enquanto as importações se fixaram nos 273,8 milhões de euros, crescendo 0,2% comparativamente ao ano precedente", salienta.
Para as contas da DREM, "a maioria da saída de bens destinou-se a países terceiros (57,0% do total), enquanto do lado das importações manteve-se a preponderância dos países da União Europeia (81,0%)". Mas faz notar, com clareza: "É de notar, contudo, que esta informação se refere somente ao comércio com o estrangeiro realizado por empresas sediadas na Região Autónoma da Madeira, o qual é uma parcela ínfima da entrada e saída de bens na Região."
Com efeito, "a maioria das trocas comerciais que a RAM realiza são com o Continente" português, continuando a não existir, "à data, informação estatística sobre este tipo de comércio. De notar também a participação que as empresas sediadas no Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) têm no comércio internacional de ambos os fluxos. Segundo o último estudo da DREM neste âmbito que teve como objeto o ano de 2023, 75,3% das exportações e 46,4% das importações foram efetuadas por empresas sediadas no CINM", conclui.