A cultura portuguesa e a criminalidade
Não temos sabido lidar com o sucesso nem com o crescimento e atrás disso vieram muitos e diversos problemas aos quais não temos sabido dar resposta
Quem passeia hoje em dia pela cidade de Lisboa sabe que muita coisa mudou. E não, não é excesso de alarmismo nem navegar qualquer onda de sensacionalismo ou anti-imigração. São apenas factos. Existem zonas da cidade onde o ambiente se sente pesado, o cheiro é fétido e nauseabundo, as pessoas têm um ar perigoso e agressivo e o seu estado não é nitidamente natural. Espaços completamente descaracterizados, sem o vislumbre das nossas tradições ou da nossa forma de estar e de viver. Lojas antigas e cheias de história que se foram embora, ruas tomadas como se estivéssemos a assistir ao regresso do antigo Casal Ventoso. O desenvolvimento e o turismo trouxeram-nos uma cara lavada, que tornaram a nossa capital um espaço apetecível e agradável, cosmopolita e sofisticado com tradições muito próprias que juntava o antigo e o moderno com um toque muito peculiar que nos tornou um dos destinos mais procurados e requisitados do mundo. O problema é que não temos sabido lidar com o sucesso nem com o crescimento e atrás disso vieram muitos e diversos problemas aos quais não temos sabido dar resposta.
Naturalmente com a avalanche de procura a que fomos assistindo sentimos a necessidade de ir procurar mão-de-obra para dar conta do recado. Até aí tudo parece fazer sentido. A questão é que aplicámos uma política de portas abertas, sem impor quaisquer condições ou restrições, sem nos informarmos de quem estávamos a “trazer para casa” e aos poucos fomo-nos tornando num destino apetecível não só para o turismo mas também para a imigração ilegal que sonha dar o salto para países europeus economicamente mais pujantes e que viu em Portugal uma forma de circular livremente por toda a União Europeia. Como é normal, essas pessoas trouxeram consigo os seus costumes, os seus valores e as práticas a que estavam habituados nos seus países de origem. E o que fizemos nós? Ao invés de lhes mostrarmos que existem por aqui regras a serem cumpridas e que fazem de nós um lugar tão especial ao ponto de terem querido vir para cá, fomos permitindo tudo, com a desculpa do multiculturalismo e com políticas woke de auto flagelação pelo nosso passado, dando carta branca para que possam impor os seus costumes aos nossos sem o mínimo de controlo ou respeito.
Não falo de todos logicamente, como em tudo há pessoas boas e pessoas más, uns que fazem de uma forma outros de outra, uns que se sabem integrar e outros que se estão pura e simplesmente nas tintas. Eu próprio que já vivi em dois países de diferentes continentes e quando para lá fui morar tive em atenção a sua cultura e a forma como teria que me comportar em determinadas situações para que pudesse respeitar as suas crenças e formas de vida. A verdade é que alguns iluminados parecem querer que Portugal se torne uma miscelânea descaracterizada sem lei e sem ordem. Gente que odeia o nosso passado, que não acredita nas nossas tradições. Há poucos dias dizia uma militante do Bloco de Esquerda que os imigrantes que para cá vêm parar não têm que respeitar a nossa cultura “até porque regra geral a nossa cultura é uma grande merda, gajos que batem nas mulheres, café com cheirinho a seguir ao almoço”. Esta é a descrição de certa gente perante um dos países com património cultural mais rico.
Ainda esta semana, me contava uma amiga que nos últimos tempos, sempre que entra numa loja na Avenida da Liberdade é aconselhada à saída, pelas empregadas dos próprios estabelecimentos a ter cuidado e a estar bem atenta, a esconder o relógio ou a segurar bem a mala porque corre o risco de lhe levarem qualquer coisa. Outras duas foram assediadas num Uber à saída de um bar quando se dirigiam para casa e os relatos sucedem-se. A criminalidade por mais que tentem esconder ou camuflar, aumenta de dia para dia e o sentimento de insegurança é crescente. É para aqui que caminhamos se algo não for feito e ou são tomadas medidas agora ou deixamos de ter mão no nosso próprio País. Está na altura de escolher. Eu quero um país que continue a receber bem e que receba todo o tipo de pessoas, classes, géneros ou raças mas também quero que nos respeitem e que não estraguem aquilo que sempre tivemos de melhor. A nossa segurança e a liberdade de andar nas ruas sem medo do que possa a acontecer.