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Regionais 2025 Madeira

Santa Cruz é exemplo de como "políticas de promoção de habitação foram descuradas"

Quem o diz é Edgar Silva

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Para o coordenador regional da CDU, "na cidade do Caniço é muito evidente como estão em falta medidas de apoio ao mercado de arrendamento privado e público", que "estimulem a oferta de habitação a preços acessíveis e que promovam o direito à cidade".

Numa iniciativa política regional realizada, esta tarde, Edgar Silva teceu críticas ao executivo liderado pelo JPP, vincando que "é no concelho de Santa Cruz que mais faltam instrumentos públicos que tornem viável o direito à justiça em matéria de habitação, principalmente de grupos sociais vulneráveis".

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O concelho de Santa Cruz é onde mais nitidamente se demonstra como as políticas de promoção de habitação foram descuradas pelos governantes e confirma o quanto a política para a habitação social ou de arrendamento social tem estado muito aquém do que é necessário Edgar Silva

O dirigente comunista realça, porém, que "este é um problema, com causas profundas e extensa expressão regional, que se tem traduzido no agravamento dos problemas humanos e sociais".

"O problema da habitação tem uma dimensão social brutal. A situação é muito mais grave do que aquela que aparenta", reiterou.

O problema não é a falta de casas no mercado. O problema é a falta de casas que as pessoas possam pagar. Não faltam casas para os investimentos dos fundos imobiliários. Não faltam casas para os 'nómadas digitais' e residentes não habituais com altos salários. Não faltam casas para os 'vistos gold', não faltam casas para transformar em alojamento turístico, mas os idosos com baixas reformas são expulsos das suas casas, os jovens são obrigados a permanecer em casa dos pais, aqueles que dependem de um emprego precário ou vivem com baixos salários, são obrigados a viver em condições habitacionais tantas vezes precárias, tantas vezes partilhadas, tantas vezes degradadas, tantas vezes indignas, quantas vezes sem casas Edgar Silva

Edgar Silva disse ainda que a actual situação exige "soluções para resolver os problemas mais prementes" e, ao mesmo tempo, "a ruptura com um caminho que tem vindo a ser prosseguido, de promoção da especulação imobiliária, de mercantilização da habitação e de liberalização de preços" e com "um caminho em que a habitação é considerada como mais uma oportunidade de negócio para obtenção de lucros pelos fundos imobiliários e pela banca e não como um direito fundamental".

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