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Procuradores democratas criticam Trump por associar leis de diversidade ao desastre aéreo

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Doze procuradores-gerais democratas acusaram hoje o Presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, de utilizar as políticas de diversidade como uma arma para enganar, considerando um insulto associá-las ao recente acidente de aviação em Washington.

O grupo de procuradores denunciou, em comunicado, o desmantelamento, por decretos de Trump, das políticas de diversidade, equidade, inclusão e acessibilidade (DEI) nos Estados Unidos, e garantiu que estas medidas combatem a discriminação, não a causam, como o chefe de Estado deu a entender.

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"As suas alegações infundadas e ofensivas de que estas iniciativas contribuíram de alguma forma para o trágico acidente de avião desta semana são um insulto àqueles que estão de luto e às pessoas que trabalham nas forças armadas e no controlo do tráfego aéreo", destacaram os procuradores.

O grupo, liderado pela procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, realçou que as políticas do DEI são "consistentes com as leis estaduais e federais antidiscriminação" e criticou "as tentativas do presidente de usar como arma política" estas medidas, que foram "apoiadas por administrações democratas e republicanas".

"Ao contrário do que afirma o presidente Trump, as políticas que quer eliminar não reduzem a importância do mérito individual, nem exigem que os empregadores baixem os seus padrões, contratem candidatos não qualificados ou tenham preferências baseadas na raça e no sexo", sublinharam os procuradores democratas.

Os procuradores lembraram a Trump que tem leis de direitos civis à disposição "para combater a discriminação real" e manifestaram-se disponíveis para ajudá-lo se o republicano "escolher esse caminho".

Condenaram ainda "qualquer tipo de discriminação" e denunciaram "a narrativa enganadora que tem sido utilizada para justificar" o desmantelamento das políticas da DEI.

A carta é assinada por procuradores-gerais de doze estados liderados pelos democratas, como Nova Iorque, Califórnia, Massachusetts e Illinois.

Um helicóptero Black Hawk colidiu na quarta-feira com um avião de passageiros com mais de 60 pessoas a bordo, proveniente de Wichita, Kansas, sobre o rio Potomac, perto do aeroporto nacional Ronald Reagan de Washington.

Tratou-se do desastre aéreo mais mortífero dos Estados Unidos em quase um quarto de século, segundo a AP.

Trump questionou as ações do piloto do helicóptero militar, ao mesmo tempo que responsabilizou as iniciativas de diversidade por prejudicarem a segurança aérea.

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