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Comunidades Madeira

Centenas manifestam-se na Madeira por um futuro livre e justo para a Venezuela

Centenas de pessoas estão concentradas na Avenida do Mar, manifestando-se por um futuro livre e justo para a Venezuela. 

A Madeira junta-se, assim, à manifestação mundial pela democracia e liberdade naquele país da América do Sul. 

A concentração que deve ocorrer em várias cidades portuguesas, à semelhança do que é esperado um pouco por todo o Mundo, foi convocada  pela líder da oposição, María Corina Machado, e por Edmundo González Urrutia, que muitos consideram o presidente eleito por aquele país. Em Portugal, esta mobilização é coordenada pelo Comando ConVZLA Portugal.

Está agendada para amanhã a tomada de posse de Nicolás Maduro, na sequência das eleições realizadas em Julho do ano passado, cujos resultados oficiais têm sido bastate contestados. Por esse motivo, este é considerado uma momento determinante "para unir esforços e exigir uma transição pacífica e democrática no país sul-americano", podemos ler num comunicado enviado ontem às redacções. 

"A Venezuela atravessa uma das crises mais graves da sua história recente, marcada por um colapso económico, social e político que tem empurrado milhões de cidadãos para a pobreza extrema e forçado um êxodo sem precedentes", acrescentam na mesma nota, salientando que "apesar das eleições terem expressado de forma clara e legítima a vontade popular, com a vitória de Edmundo González Urrutia, o regime em vigor insiste em ignorar este mandato democrático, perpetuando a instabilidade e o sofrimento de milhões de venezuelanos". 

Lídia Albornoz, uma das manifestantes, destacava, esta tarde, aos microfones da TSF/Madeira, o carácter pacífico da concentração e não deixou de focar o momento delicado que a Venezuela atravessa. "O Funchal não podia ficar indiferente ao que se está a passar na Venezuela", disse, notando a importância de o povo mostrar que os seus familiares e amigos que estão naquela país da América do Sul "não estão sozinhos". 

A madeirense enfatiza o "regime ditatorial" que marca a Venezuela, que se consustancia em várias acções que têm sido levadas a cabo pelo regime de Maduro. Receia, inclusive, que ao não ser Edmundo González a tomar posse como presidente daquele país no dia de amanhã, a população se possa revoltar e seja derramado sangue nas ruas. Aponta que a manifestação de apoio "é o pouco que podemos fazer à distância". 

"Esses senhores são tiranos, são assassinos" e "não há nenhum ditador que saia a bem", por isso acredita que "nos próximos dias as coisas vão piorar na Venezuela de uma forma brutal". "Este é o dia e o momento", afirmou, apelando a um gesto de solidariedade dos madeirenses para com o povo venezuelano.