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Madeira

PS acusa PSD, CDS e Chega de tentar "travar apuramento de responsabilidades" no combate aos incêndios

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O PS-Madeira discorda da suspensão dos trabalhos da Comissão de Inquérito para apuramento das responsabilidades políticas no combate aos incêndios, até à decisão que será anunciada pelo Conselho de Estado sobre a situação política na Região.

Esta manhã, o PSD propôs que a Comissão aguardasse pela decisão do Conselho de Estado, marcada para o dia 17, para só então fazer o agendamento das audições que ainda faltam realizar, proposta que mereceu a concordância do Chega e do CDS e os votos contra do PS, JPP e PAN.

Marta Freitas, deputada socialista que integra a Comissão de Inquérito, manifesta a discordância do PS em relação a esta decisão, sublinhando que a Assembleia Legislativa "não foi dissolvida e se encontra em plenitude de funções, razão pela qual os trabalhos da Comissão não devem ser suspensos".

Em nota emitida, a parlamentar lembra que, em Dezembro, os deputados que integram a Comissão decidiram que os trabalhos seriam retomados em Janeiro, pelo que, chegados a este momento, "não há nada que justifique esta paragem das audições". Como adianta, "ainda faltam ouvir 11 pessoas, pelo que faria todo o sentido dar continuidade aos trabalhos, de modo a que seja possível chegar às devidas conclusões atempadamente".

Marta Freitas frisa que "não há qualquer justificação para esta interrupção" e acusa mesmo o PSD, o Chega e o CDS "de, com esta postura, tentarem travar o apuramento das responsabilidades políticas no combate aos incêndios de Agosto do ano passado, que consumiram mais de cinco mil hectares de floresta e terrenos agrícolas, obrigaram mais de 200 pessoas a saírem das suas casas e afetaram mais de 200 agricultores e 41 produtores de gado".

A deputada critica a postura do Governo Regional perante esta tragédia, com o presidente do Governo e o secretário regional da Saúde "a voltarem as costas aos madeirenses e irem de férias para o Porto Santo", e alerta que "não é admissível que os partidos que apoiam o regime continuem a tentar branquear toda esta situação".