Caos no Serviço de Urgência "é reflexo da falta de planeamento e de organização", afirma PAN
O PAN Madeira manifestou esta quarta-feira, 8 de Janeiro, "a sua profunda preocupação com a grave situação nas urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde os madeirenses, apesar de contribuírem com impostos elevados, são confrontados com horas intermináveis de espera por atendimento médico e, em muitos casos, são privados de internamento e cuidados médicos adequados após diagnóstico".
Em nota emitida, o partido alerta que o problema não é novo e afirma que se trata de um reflexo de "uma gestão ineficaz", bem como da "incapacidade por parte do Serviço Regional de Saúde (SESARAM) em responder às necessidades da população".
O PAN Madeira defende que é fundamental apostar na prevenção, investindo nos centros de saúde e na melhoria da qualidade dos serviços aliviando o serviço de urgência.
O partido afirma que as altas problemáticas não podem "ser razão para não se trabalhar em alternativas, uma vez que são também reflexo da falta de planeamento e organização, uma vez que o problema não é recente".
O PAN Madeira recorda que tem vindo a alertar para a urgência de soluções, defendendo medidas tal como "a criação de espaços próprios para acolhimento temporário destas situações através da reabilitação de edifícios públicos que se encontram encerrados como é o caso de várias escolas".
As altas problemáticas são também reflexo da falta de planeamento e investimento por parte do Governo Regional. Temos uma população cada vez mais envelhecida e este problema não é recente. É preciso construir novos lares e adaptar se possível os existentes garantindo aumento de camas, mas também apostar nos cuidados ao domicilio, dando maior conforto e privacidade e permitindo que as pessoas idosas se possam manter nas suas residências. Temos ainda que investir na prevenção, criar a cultura do autocuidado e garantir que as pessoas tem igual e livre acesso a exames diagnóstico, a consultas de nutrição, psicologia, a médico de família sem que tenham de esperar meses por uma consulta e isso exige uma aposta e valorização nos profissionais de saúde e também de serviço social, fundamentais para a resolução destas problemáticas. Mónica Freitas, porta-voz do PAN Madeira
A porta-voz regional do partido reitera que a situação actual "não é um simples reflexo de falhas pontuais, mas sim o resultado de anos de desinvestimento e de falta de planeamento estratégico".
Mónica Freitas assegura que o PAN Madeira "continuará a defender os interesses dos madeirenses, exigindo uma gestão pública transparente, eficiente e que coloque a saúde das pessoas em primeiro lugar".